30 janeiro 2020

Prisão de Ventre: Os Riscos do Laxante.

Recorrer a remédios para resolver o problema funciona, mas eles não devem ser usados de forma contínua.

Ao lado da insônia, a prisão de ventre é uma das questões cotidianas que mais incomodam. Só quem sofre diariamente com o intestino preso sabe a aflição que é não conseguir ir ao banheiro.

A constipação intestinal provoca uma sensação desagradável de estufamento e se caracteriza por uma frequência evacuatória inferior a três vezes por semana.

“Em alguns casos, a pessoa constipada não consegue a evacuação completa ou tem dor e desconforto para evacuar”.

Entre as causas do problema estão propensão familiar, alimentação pobre em fibras e rica em gorduras e açúcares e baixa ingestão de água, além de ausência de atividade física regular. Algumas doenças podem levar à constipação, como hipotireoidismo e diabetes, além de cardiopatias e algumas alergias alimentares.

O tratamento ideal para a prisão de ventre deve envolver, primeiramente, uma avaliação com um especialista, para descobrir o que está causando o problema.
“A maioria, no entanto melhora após uma mudança na dieta, com a inclusão de fibras e de suplementos alimentares ricos em fibras, além do aumento na ingestão de água”, Em alguns casos, é indicado tratamento medicamentoso.

Cautela com os laxantes

Prisão de ventre crônica é um problema bastante prevalente, especialmente em mulheres. Sem orientação adequada, muitas recorrem ao uso de laxantes, um recurso que pode até ajudar na evacuação, mas não deve ser usado sempre.

Há vários tipos de laxantes disponíveis no mercado brasileiro. Eles variam, explica Martins, de acordo com o modo de ação. O laxantes osmóticos atuam mantendo o conteúdo fecal mais úmido. Os emolientes são oleosos e atuam amolecendo as fezes, o que facilita a movimentação e a eliminação pelo reto. Já os laxantes catárticos aumentam o trânsito intestinal, facilitando a movimentação das fezes. Essa última categoria é o tipo mais usado pela população, pois sua ação parece ser mais rápida. É aí que está o grande problema.

“As substâncias catárticas podem, em longo prazo, gerar colite e, em muitos casos, causar o aparecimento de sintomas piores do que a constipação em si. Alguns indivíduos podem evoluir para uma inflamação da mucosa intestinal, com dores e até evacuação com sangue”.

Nos casos de uso prolongado, o melhor é optar pelos laxantes do tipo osmótico ou do tipo lubrificante, pois causam nenhuma ou pouca alteração clínica na mucosa intestinal.

“Muitas vezes, somente a dieta e a ingestão de água não são suficientes para manter a evacuação normal. Nesses casos, o laxante auxilia na evacuação. Após um período a dose do laxante pode ser reduzida e retirada, quando a dieta torna-se o tratamento principal.

Manter o laxante como tratamento único não é o melhor caminho.

Dicas

Para evitar a prisão de ventre, é preciso ter uma alimentação balanceada. Veja algumas dicas:
  • Consuma alimentos ricos em fibras, como frutas e verduras;
  • Beba pelo menos 1 litro de água pura por dia;
  • Faça atividade física regularmente;
  • Só use medicamentos contra a prisão de ventre sob orientação médica.


29 janeiro 2020

Descolamento prematuro da placenta (DPP)


O descolamento prematuro da placenta (DPP) é uma patologia obstétrica na qual há ocorre à separação prematura da placenta do seu leito de implantação, habitualmente ocorrendo antes de vinte semanas de gestação.


Etiologia


Aproximadamente 1/3 dos bebês nascidos de mulheres com DPP morrem. Mais de 50% dessas mortes resultam do nascimento prematuro ou hipóxia.

As etiologias traumáticas são responsáveis por, aproximadamente, 1% dos deslocamentos prematuros da placenta, e podem ser divididas em externas e internas. Dentre as primeiras, os acidentes de trânsito e domésticos os maiores culpados. Já com relação às internas, destacam-se o cordão umbilical curto, escoamento rápido de polidrâmnio, movimentos fetais exacerbados, retração uterina após o parto do primeiro gemelar, hipertonia uterina, entre outras.


Com relação às etiologias não-traumáticas, o aspecto etiológico de maior importância são os denominados fatores predisponentes, como os estados hipertensivos associados à vasculopatias antigas (responsáveis por cerca de 75% dos casos), condição socioeconômica, multiparidade, idade materna avançada, passado obstétrico ruim, caso de DPP em gestação anterior, restrição do crescimento intra-uterino, cesárea prévia, entre outros.


Causa


A causa do DPP é desconhecida. Porém, as mulheres com hipertensão arterial, doenças cardíacas, diabetes, toxemia gravídica ou doença reumatóide, que sofrem traumas e que fazem uso de cocaína tem uma maior probabilidade de ter um DPP.


Diagnóstico


É exclusivamente clínico, com base no quadro clínico. Normalmente, caracteriza-se por apresentar dor repentina e intensa localizada habitualmente no fundo do útero, com conseguinte perda sanguínea em cerca de 80% dos casos.

➟Durante o exame físico, a paciente tem preferência pelo decúbito lateral homônimo ao lado da implantação placentária.

➟A paciente pode apresentar sinais de estado hipovolêmico, com pressão arterial em níveis normais, devido às alterações presentes.


Com relação à hemorragia, é importante ressaltar que a lesão primária é a vascular, atingindo as arteríolas espiraladas da decídua levando ruptura ou oclusão dos vasos, com conseqüente formação de áreas hemorrágicas no interior da placenta. Essa hemorragia, por sua vez, pode ficar mais profusa, resultando no deslocamento prematuro da placenta.


A hipertonia aparece como um mecanismo reflexo. Há colapso das veias, com significativa diminuição do fluxo; todavia, o arterial, de maior pressão, quase não se altera. Ocorre aumento da pressão intra-uterina, estase sanguínea e ruptura dos vasos útero-placentários, levando a um aumento e agravamento da região de deslocamento.


A concepção do coágulo retroplacentário e as alterações vasculares culminam no aumento progressivo da altura uterina.


Prognóstico


O prognóstico da DPP para os RNs não é bom, especialmente pela prematuridade e anóxia, apresentando, com freqüência, seqüelas.

Quanto ao prognóstico materno, este é reservado, pois pode haver lesões em múltiplos órgãos, resultantes do choque hipovolêmico e da instalação de coagulopatias.


A coagulopatia pode ser conseqüente do hiperconsumo local, na composição de amplo coágulo retroplacentário, exterminando o fibrinogênio e outros fatores de coagulação do organismo. Outro mecanismo disparador da coagulopatia é a passagem da trombloplastina para a circulação materna, levando a coagulação intravascular disseminada (CID).

Diagnóstico


⇒Através de utilização de USG, capaz de mostrar imagem heterogênea retroplacentária, irregular e com regiões líquidas.
⇒A ressonância magnética.


Tratamento
  • Repouso ao leito, exceto quando o sangramento é potencialmente letal, quando o feto apresenta sofrimento ou quando a gestação está próxima do termo;
  • Monitorização da freqüência cardíaca fetal;
  • Transfusão sanguínea e reposição do volume de líquido;
  • Antibióticos (pela susceptibilidade a infecções causada pela perda sanguínea);
  • Uso de corticosteróide para acelerar a maturidade pulmonar fetal;
  • Reposição de sangue e do volume de líquido;
  • Parto cesáreo (quando o sangramento persiste ou piora);
  • Apoio emocional.



Refluxo Gastroesofágico




O refluxo gastroesofágico ou doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) consiste no refluxo de conteúdo alimentar presente no estômago para o esôfago, normalmente com pH ácido, embora possa ser também de conteúdo biliar, neste caso chamado refluxo alcalino.

O refluxo, que contém material ácido, atinge a faringe e até a boca, provocando, tal como na pirose, ardor, queimação, mal estar e em casos extremos a morte.

Sinais e sintomas

O sintoma mais comum é a azia (sensação de queimor retroesternal e epigástrica,subir até à garganta) e sensação de regurgitação.
➡Tosse seca crônica;
➡Sibilos;
➡Asma e pneumonia recorrente;
➡Náusea;
➡Vômitos;
➡Dor de garganta, rouquidão ou laringite - inchaço e irritação das cordas vocais;
➡Dificuldade ou dor à deglutição;
➡Dor no peito ou parte superior do abdome;
➡Erosão dentária e mau hálito.

Fatores de risco

→Obesidade;

→Aumento da pressão intra-abdominal;

→Ingestão de alimentos como, café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.

→Gestação - A pirose e a regurgitação aumentam durante a gestação pelo crescimento do útero e compressão do estômago;

→Hérnia de hiato Os fatores anatômicos de contensão do refluxo gastroesofágico são alterados pela presença da hérnia hiatal, principalmente nas hérnias moderadas a grandes;

→Uso de medicamentos como os antidepressivos, anti-hipertensivos ente outros aumentam a incidência de refluxos;

→Tabagismo;

→Bebidas alcoólicas;

→Refeições copiosas;

→Esforços físicos excessivo Carregar pesos e atividade física após alimentação.

Diagnóstico
  • Clinico;
  • Laboratorial;
  • Por Imagens.

➼O diagnóstico é baseado nos aspectos clínicos do pacientes.

➼A Endoscopia Digestiva Alta (EDA), método utilizado para diagnosticar as complicações da DRGE e a esofagite de refluxo (presente em 40% dos pacientes com essa patologia).

➼Para detecção do DRGE, o exame padrão ouro é a pHmetria de 24 horas.

Complicações

➩Broncoespasmo (irritação e espasmo das vias respiratórias devido ao suco gástrico) e asma;

➩Fibrose pulmonar;

➩Tosse ou rouquidão crônica;

➩Problemas dentais;

➩Úlcera esofágica;

➩Inflamação do esôfago;

➩Infecções de vias aéreas superiores como sinusite e otite;

➩Estrangulamento (um estreitamento do esôfago devido à cicatrização da inflamação);

➩Esofagite - irritação do esôfago pelo ácido refluído do estômago que danifica o seu revestimento e causa sangramento ou úlceras. Os adultos que têm esofagite crônica, durante muitos anos, são mais propensos a desenvolver alterações pré-cancerosas do esôfago;

➩Estenoses (estreitamentos) que levam a dificuldades de deglutição;

➩Esôfago de Barrett, uma condição em que o tecido que reveste o esôfago é substituído por tecido semelhante ao revestimento do intestino. Um pequeno número de pessoas com esôfago de Barrett desenvolve um tipo raro, no entanto, muitas vezes mortal de câncer do esôfago.

Imagem endoscópica de um esôfago de Barrett.
Observe a mancha de "cor salmão" da lesão causada pela exposição prolongada do esôfago ao conteúdo gástrico ácido.
   

Tratamento
  • Clinico;
  • Medicamentosos;
  • Cirurgicos.
➦Clínico é baseado na mudança do estilo e hábitos de vida, no controle da secreção de ácido pelo estômago e acelerando o esvaziamento gástrico.

➦Medicamentosos são os chamados inibidores de bomba protônica (omeprazol, lanzoprazol, rabeprazol), que diminuem muito a secreção de ácido pelo estômago e os pró-cinéticos (bromoprida, domperidona), que promovem o esvaziamento gástrico mais rápido.

➦Cirúrgico geralmente é realizado por videolaparoscopia e consiste em se confeccionar uma válvula utilizando o fundo gástrico que é costurado em volta do esôfago.

Pode-se corrigir a hérnia de hiato (quando esta estiver presente) colocando o estômago na sua posição normal e diminuindo o hiato esofágico através da crurorrafia, que é a aproximação dos músculos do pilar diafragmático.

A cirurgia só é indicada quando o paciente não se adapta às medidas comportamentais e aos medicamentos ou quando não se obtém o desaparecimento dos sintomas.

O tratamento cirúrgico deve ser individualizado caso a caso e é quase consenso diante do esôfago de Barrett.

Quase 95% dos pacientes ficam livres dos sintomas e de medicamentos com a cirurgia.


28 janeiro 2020

Toxoplasmose


A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. É causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados e é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o mundo.

Os casos agudos são, geralmente, limitados e com baixas incidências. A fase aguda da infecção tem cura, mas o parasita persiste por toda a vida da pessoa e pode se manifestar ou não em outros momentos, com diferentes tipos de sintomas. Quanto à infecção crônica, a taxa de incidência é baixa até os cinco anos de idade e começa a aumentar a partir dos 20.

Sintomas

A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresenta sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos específicos. A doença em outros estágios, no entanto, pode trazer complicações, como sequelas pela infecção congênita (gestantes para os filhos), toxoplasmose ocular e toxoplasmose cerebral em pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido, como transplantados, pacientes infectados com o HIV ou em tratamento oncológico.
Os sintomas da toxoplasmose são variáveis e associados ao estágio da infecção, (agudo ou crônico).

Os sintomas normalmente são leves, similares à gripe, dengue e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos.

Pessoas com baixa imunidade: podem apresentar sintomas mais graves, incluindo:
  • Febre,
  • Dor de cabeça,
  • Confusão mental,
  • Falta de coordenação e convulsões.
Gestantes: mulheres infectadas durante a gestação podem ter abortamento ou nascimento de criança com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas.

Toxoplasmose Congênita dos recém-nascidos infectados, cerca de 85% dos casos não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascimento.
No entanto, essas crianças podem indicar alterações como:
  • Restrição do crescimento intrauterino;
  • Prematuridade;
  • Anormalidades visuais e neurológicas.

Sequelas tardias são mais frequentes na toxoplasmose congênita não tratada. Há casos relatados de surgimento de sequelas da doença, não diagnosticadas previamente, ocorrendo apenas na adolescência ou na idade adulta.

Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos costumam ter, com mais frequência, sequelas graves, tais como:
  • Acometimento visual em graus variados,
  • Retardo mental,
  • Anormalidades motoras e surdez.

As sequelas são ainda mais frequentes e mais graves nos RN que já apresentam sinais ao nascer, com:
  • Acometimento visual em graus variados,
  • Retardo mental,
  • Crises convulsivas,
  • Anormalidades motoras e surdez

.
Transmissão

As principais vias de transmissão da toxoplasmose são:

➨Via oral (ingestão de alimentos e água contaminados);
➨Congênita (transmitido de mãe para filho durante gestação), sendo raros os casos de transmissão por inalação de aerossóis contaminados, inoculação acidental, transfusão sanguínea e transplante de órgãos.

É importante saber que o contato com gatos não causa a doença. O perigo está no contato com as fezes contaminadas do felino e no consumo de água contaminada e alimentos mal lavados ou mal cozido.

Tratamento

A toxoplasmose normalmente evolui sem sequelas em pessoas com boa imunidade, desta forma não se recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os sintomas. Pacientes com imunidade comprometida ou que já tenham desenvolvido complicações da doença (cegueira, diminuição auditiva) são encaminhados para acompanhamento médico especializado.

O tratamento e acompanhamento da doença estão disponíveis, de forma integral e gratuita, pelo Sistema Único de Saúde. Em caso de toxoplasmose na gravidez, é importante o acompanhamento no pré-natal e a pratica das orientações que forem repassadas pelas equipes de saúde.

Diagnóstico

O diagnóstico da toxoplasmose é baseado, principalmente, em exames de sangue. Em alguns casos, pode ser necessário combinar outros tipos de exames laboratoriais para uma avaliação mais detalhada.

Contaminação por água e alimentos: a confirmação de casos de toxoplasmose decorrentes de surtos de transmissão por água ou alimentos deve ser feita, necessariamente, por critério laboratorial específico a partir dos resultados dos exames de sangue, uma vez que a doença é comum em diversas regiões.

Adquirida ou congênita:

É diagnosticada principalmente pela identificação de anticorpos específicos contra o parasito. A sorologia é sensível, específica e possível de ser realizada em laboratórios de menor complexidade. Em situações de surto, a identificação do vínculo de casos à fonte de transmissão deve ser feita criteriosamente, considerando sempre os achados laboratoriais que indicam o tempo provável da infecção.

Durante a investigação de surtos, o diagnóstico laboratorial deve ser feito por exames realizados nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública, Laboratórios de Referência Regional ou Nacional ou Centros Colaboradores do Ministério da Saúde. Na ausência de surtos, a confirmação dos casos de toxoplasmose deve ocorrer por meio de avaliação clínica em conjunto com exames laboratoriais realizados de acordo com avaliação e recomendações médicas.

Prevenção

A principal medida de prevenção da toxoplasmose é a promoção de ações de educação em saúde, principalmente em mulheres que estão em idade fértil e pessoas com imunidade comprometida. É fundamental manter uma higiene alimentar. Saiba mais sobre as medidas de prevenção e controle que devem ser adotados para evitar a infecção por toxoplasmose.

Alimentos de origem animal

➥Cortes inteiros de carne de porco, cordeiro, vitela ou vaca a pelo menos 65,6 °C, com 3 minutos de repouso após o cozimento; carne moída e carne de caça selvagem a 71,1º C e aves a 73,9º C;

➥O cozimento de microondas não é confiável para matar o protozoário;

➥Congelamento de carne a uma temperatura interna de -12º C;

➥Evite a contaminação cruzada para outros alimentos, lavando as mãos completamente após o manuseio de carnes cruas ou frutos do mar, assim como as tábuas de corte, pratos, bancadas e utensílios;
Frutos do mar, incluindo mariscos, devem ser bem cozidos;

➥Evite comer qualquer carne crua ou malpassada e carne crua curada;

➥Evite beber leite não pasteurizado e produtos lácteos feitos com leite não pasteurizado.

Em situações de surto, deve-se identificar e retirar, imediatamente, o alimento contaminado dos locais de produção e distribuição, para interromper a cadeia de transmissão e evitar a ocorrência de novos casos.
Em todos os casos, deve-se orientar que os pacientes não utilizem medicamentos sem indicação médica e procurem atendimento para realizar o tratamento adequado.

Frutas e verduras

➨Lave bem as frutas e legumes corretamente e com água adequadamente tratada antes de comê-las, antes mesmo de descascar;

➨Limpe as superfícies de cozimento e os utensílios após contato com frutas ou legumes não lavados;

➨A lavagem adequada de verduras, frutas e legumes inclui a escovação dos alimentos.

Em situações de surto, deve-se identificar e retirar, imediatamente, o alimento contaminado dos locais de produção e distribuição, para interromper a cadeia de transmissão e evitar a ocorrência de novos casos.
Em todos os casos, deve-se orientar que os pacientes não utilizem medicamentos sem indicação médica e procurem atendimento para realizar o tratamento adequado.

Água

👉Consumo de água tratada: uma das principais formas de prevenção da doença é consumir água que tenha recebido o devido tratamento. Por isso, é essencial dar preferência ao consumo de água 100% potável;

👉Fervura da água: antes de consumir a água é indicado o uso de filtros e a fervura, por 5 minutos, como tratamento adicional, principalmente em situações de surto da doença;

👉Limpeza de caixas de água: é importante realizar periodicamente a limpeza de reservatórios e caixa d’águas para a manutenção da potabilidade da água, assim como se deve manter a caixa-d’água bem vedada para minimizar os riscos de contaminação.

Em situações de surto, deve-se identificar e retirar, imediatamente, o alimento contaminado dos locais de produção e distribuição, para interromper a cadeia de transmissão e evitar a ocorrência de novos casos.
Em todos os casos, deve-se orientar que os pacientes não utilizem medicamentos sem indicação médica e procurem atendimento para realizar o tratamento adequado.

Meio ambiente

→Cobrir as caixas de areia das crianças quando não estiverem jogando para evitar que os gatos as utilizem;

→Não alimente gatos com carne crua ou malpassada;

→Mude a caixa de areia dos gatos de estimação diariamente;

→Mulheres grávidas e indivíduos com baixa imunidade devem evitar manusear as caixas de areia;

→Se não houver mais ninguém disponível para trocar a areia, use, se possível, máscaras faciais e luvas, além de lar bem as mãos com sabão e água tratada adequadamente;

→As mulheres grávidas e os indivíduos com baixa imunidade devem usar luvas ao jardinar;

→A indústria da carne deve continuar empregando boas práticas de produção, como manter gatos e roedores fora das áreas de produção de alimentos e usar fontes de água com qualidade e adequadamente tratadas para os animais;

→A indústria agrícola deve empregar boas práticas de produção para reduzir a contaminação.

Em situações de surto, deve-se identificar e retirar, imediatamente, o alimento contaminado dos locais de produção e distribuição, para interromper a cadeia de transmissão e evitar a ocorrência de novos casos.
Em todos os casos, deve-se orientar que os pacientes não utilizem medicamentos sem indicação médica e procurem atendimento para realizar o tratamento adequado.



Síndrome do Ovário Policístico

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um distúrbio hormonal que provoca formação de cistos nos ovários, o que fazem com que eles aumentem de tamanho. Ela atinge, principalmente, mulheres em idade reprodutiva (da puberdade à menopausa),e se caracteriza pela menstruação irregular, alta produção de testosterona (hormônio masculino) e presença de micro cistos nos ovários. Esses cistos são chamados de funcionais.


A testosterona produzida pela mulher interfere nesse mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos, porque eles resultam de um defeito na ação dos hormônios do ovário, impedindo a ovulação.

Cistos ovarianos na menopausa são pouco comuns. Um cisto funcional pode ser tanto folicular quanto lúteo. Todo mês, durante o ciclo menstrual, um folículo cresce no ovário. Os folículos são o local onde o óvulo se desenvolve.

Na maioria dos meses, um óvulo é liberado deste folículo, num processo conhecido como ovulação. Se o folículo não conseguir abrir e liberar o óvulo, o líquido permanece dentro dele e origina um cisto. Isto é chamado de cisto folicular.

O cisto folicular é o tipo de cisto benigno mais frequente do ovário, que normalmente encontra-se cheio de líquido ou de sangue.

Já o cisto de corpo lúteo ocorre após o óvulo ter sido liberado de um folículo. Esses geralmente contêm uma pequena quantidade de sangue.

Etiologia

A etiologia da SOP permanece desconhecida.

Sabe-se que 50% das mulheres com essa síndrome têm hiperinsulinismo e o restante apresenta problemas no hipotálamo, na hipófise, nas adrenais e produz maior quantidade de hormônios masculinos.

Fatores de Risco

➥Histórico familiar;
➥Fatores metabólicos pré e pós-natais;
➥Distúrbios endócrinos hereditários;
➥Resistência à insulina;
➥Doenças cardiovasculares;
➥Fatores ambientais;
➥Obesidade.

Sintomas

👉Alterações menstruais;
👉Infertilidade;
👉Hirsutismo - Aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen;
👉Obesidade;
👉Acne - Em virtude da maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas.

Diagnóstico
  • Exame clínico;
  • USG ginecológica;
  • Exames laboratoriais.

Através do ultrassom, a doença é percebida pelo aparecimento de muitos folículos ao mesmo tempo na superfície de cada ovário. Esse ultrassom deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual.


Tratamento

É sintomático e direcionado de acordo com a manifestação clínica, desejo de contracepção ou gestação e a presença de distúrbios metabólicos associados.

A meta do tratamento:

➪Reduzir os sintomas de hiperandrogenismo,
➪Regularizar o ciclo menstrual,
➪Reduzir as anormalidades metabólicas,
➪Reduzir o risco de DM2 e doença cardiovascular;
➪Prevenir a hiperplasia e câncer de endométrio;
➪Uso contracepção para as que não desejam gravidez e indução da ovulação nas que pretendem engravidar.

OBS: Caso o medicamento não dê resultados, pode-se optar pela Cirurgia que é a cauterização laparoscópica dos cistos.

Prevenção
  • Educação e conscientização sobre a enfermidade;
  • Aconselhamento;
  • Modificações do estilo de vida;
  • Acompanhamento multidisciplinar.