Recorrer a remédios para resolver o problema
funciona, mas eles não devem ser usados de forma contínua.
Ao lado da insônia, a prisão de ventre é uma
das questões cotidianas que mais incomodam. Só quem sofre diariamente com o
intestino preso sabe a aflição que é não conseguir ir ao banheiro.
A constipação intestinal provoca uma sensação
desagradável de estufamento e se caracteriza por uma frequência evacuatória
inferior a três vezes por semana.
“Em alguns casos, a pessoa constipada não
consegue a evacuação completa ou tem dor e desconforto para evacuar”.
Entre as causas do problema estão propensão
familiar, alimentação pobre em fibras e rica em gorduras e açúcares e baixa
ingestão de água, além de ausência de atividade física regular. Algumas doenças
podem levar à constipação, como hipotireoidismo e diabetes, além de
cardiopatias e algumas alergias alimentares.
O tratamento ideal para a prisão de ventre
deve envolver, primeiramente, uma avaliação com um especialista, para descobrir
o que está causando o problema.
“A maioria, no entanto melhora após uma
mudança na dieta, com a inclusão de fibras e de suplementos alimentares ricos
em fibras, além do aumento na ingestão de água”, Em alguns casos, é indicado
tratamento medicamentoso.
Cautela
com os laxantes
Prisão de ventre crônica é um problema
bastante prevalente, especialmente em mulheres. Sem orientação adequada, muitas
recorrem ao uso de laxantes, um recurso que pode até ajudar na evacuação, mas
não deve ser usado sempre.
Há vários tipos de laxantes disponíveis no
mercado brasileiro. Eles variam, explica Martins, de acordo com o modo de ação.
O laxantes osmóticos atuam mantendo o conteúdo fecal mais úmido. Os emolientes
são oleosos e atuam amolecendo as fezes, o que facilita a movimentação e a
eliminação pelo reto. Já os laxantes catárticos aumentam o trânsito intestinal,
facilitando a movimentação das fezes. Essa última categoria é o tipo mais usado
pela população, pois sua ação parece ser mais rápida. É aí que está o grande
problema.
“As substâncias catárticas podem, em longo
prazo, gerar colite e, em muitos casos, causar o aparecimento de sintomas
piores do que a constipação em si. Alguns indivíduos podem evoluir para uma
inflamação da mucosa intestinal, com dores e até evacuação com sangue”.
Nos casos de uso prolongado, o melhor é optar
pelos laxantes do tipo osmótico ou do tipo lubrificante, pois causam nenhuma ou
pouca alteração clínica na mucosa intestinal.
“Muitas vezes, somente a dieta e a ingestão
de água não são suficientes para manter a evacuação normal. Nesses casos, o
laxante auxilia na evacuação. Após um período a dose do laxante pode ser
reduzida e retirada, quando a dieta torna-se o tratamento principal.
Manter o laxante como tratamento único não é
o melhor caminho.
Dicas
Para evitar a prisão de ventre, é preciso ter
uma alimentação balanceada. Veja algumas dicas:
- Consuma alimentos ricos em fibras, como frutas e verduras;
- Beba pelo menos 1 litro de água pura por dia;
- Faça atividade física regularmente;
- Só use medicamentos contra a prisão de ventre sob orientação médica.
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