16 julho 2014

Infecções por HIV aumentam no Brasil; no mundo, 54% têm vírus sem saber.




Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Unaids (Programa das Nações Unidas para HIV e Aids) revela que o número de infecções com o vírus aumentou 11% no Brasil entre 2005 e 2013 e que, no mundo, cerca de 54% das pessoas infectadas não têm consciência disso.

O relatório, intitulado GAP, compilou dados de 11 instituições parceiras da ONU em 189 países sobre a doença.

O documento estima que, até o final do ano passado, 35 milhões de pessoas estavam vivendo com o vírus em todo o mundo.

O número confirma a tendência de queda no número de novas infecções, que chega a 13% nos últimos três anos.

O número de mortes atribuído à Aids também atingiu o mais baixo nível desde 2005, acumulando um declínio de 35% no período.

Risco concentrado
Por outro lado, o relatório da Unaids alerta que alguns países concentram um maior risco relacionado ao HIV.

Na África ao sul do Saara, apenas três países, a Nigéria, a África do Sul e Uganda, respondem juntos por 48% das novas infecções.

O documento também destaca seis países – República Centro Africana, República Democratica do Congo, Indonésia, Nigéria, Rússia e Sudão do Sul – como sendo vulneráveis a três ameaças relacionadas à Aids – alto risco de infecção pelo HIV, baixa cobertura de tratamento e pequena ou ausência de declínio no número de novas infecções.

Na América Latina, a Unaids estima que 1,6 milhão de pessoas vive hoje com o HIV. A maioria dos casos se concentra em cinco países – além do Brasil, a Argentina, a Colômbia, o México e a Venezuela.

O Brasil contabilizou no ano passado, sozinho, 47% dos novos casos de infecção na América Latina.

Os esforços globais para ampliar o acesso à terapia antirretroviral aos infectados – que é gratuito no Brasil – estão funcionando, destaca a Unaids no relatório.

Em 2013, 2,3 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao tratamento, elevando o total no mundo para 13 milhões.

"Se acelerarmos isso até 2020, estaremos num bom caminho para acabar com a epidemia em 2030. Se não fizermos isso, levaremos uma década extra ou mais", afirma o relatório.








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