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03 junho 2020
08 abril 2020
Trauma Abdominal
O trauma abdominal é uma lesão grave no abdômen, responsável por um número expressivo de mortes evitáveis. As lesões abdominais ocorrem muitas vezes em associação com outras, principalmente do tórax. Isso significa que contusão no abdômen pode estar acompanhada de lesão do tórax, bem como lesões penetrantes do abdômen podem levar a lesões também da cavidade torácica.
O
abdômen é a terceira região mais acometida no trauma contuso e lesão traumática
importante pode não ser reconhecida de forma suficientemente rápida.
Etiologia
➽Os
acidentes são uma causa comum de trauma abdominal fechado;
Os
cintos reduzem a incidência de trauma na cabeça e no peito, mas representam uma
ameaça para os órgãos abdominais, como os pâncreas e intestino, que normalmente
pressionadas contra a coluna vertebral.
As
crianças são especialmente vulneráveis a lesões abdominais dos cintos de
segurança, porque possuem regiões abdominais mais suaves e o cinto de segurança
não foi projetado para encaixá-las.
➽Colisões;
➽Queda
de Alturas;
➽Acidentes
de bicicleta;
➽Acidentes
associadas a pratica de esportes;
➽Ferimento
por arma de fogo,
➽Ferimentos
por arma branca.
Classificação
⇨O
trauma abdominal pode ser fechado ou aberto.
Diretos - Às
lesões por impacto contra o cinto de segurança nos acidentes.
Indiretos - São
de especial consequência às lesões por mecanismo de aceleração/ desaceleração também
nos acidentes de trânsito.
Este
tipo de trauma, também conhecido como contusão do abdômen, ocorre quando há
transferência de energia cinética, através da parede do abdômen, para os órgãos
internos, lesando-os. Isso
ocorre em colisões do abdômen contra anteparos, como:
⇢Painel;
⇢Cinto
de segurança abdominal;
⇢Volante
de veículos;
⇢Choque
de objetos contra o abdômen em atividades esportivas;
⇢Agressões
Físicas;
⇢Ondas
de choque provocadas por explosões em acidentes de trabalho;
⇢Choque
contra equipamentos de recreação infantil (balanças, gangorras);
Outro
mecanismo que leva a lesões de estruturas abdominais é a desaceleração súbita
que ocorre em quedas de desníveis, como:
⇢Muros;
⇢Telhados
e andaimes.
Levando
à ruptura das estruturas abdominais sólidas ou ocas, nos seus pontos de fixação.
Enfim,
qualquer trauma contra a região abdominal que não leve à solução de
continuidade da parede abdominal e que transfira energia, lesando órgãos
intra-abdominais.
O
trauma abdominal fechado pode ser associado à fratura da pelve, que leva à
perda adicional de grande quantidade de sangue par a cavidade abdominal ou
retroperitônio, sem sinais externos de hemorragia.
O
diafragma, músculo que separa o tórax do abdômen, pode romper-se em contusões
abdominais de vísceras, fazendo migrar o abdômen para o tórax, comprometendo a
expansão dos pulmões e a ventilação.
Trauma
Abdominal Aberto
Penetrantes
Afetam
o peritônio, comunicando a cavidade abdominal com o exterior. É quando ocorre
solução de continuidade, ou seja, a penetração da parede abdominal por objetos,
projéteis, armas brancas, ou a ruptura da parede abdominal provocada por
esmagamentos. A penetração limita-se à parede do abdômen sem provocar lesões
internas.
Perfurantes
Quando
há envolvimento visceral (de víscera oca ou maciça). É quando o objeto que
penetrar na cavidade abdominal atingir alguma víscera, lesando órgãos e
estruturas.
Lembrar
sempre que o projétil de arma de fogo ou a arma branca podem lesar estruturas do
tórax associadas ao abdômen. O ponto de penetração refere se não somente à
parede anterior do abdômen como também à parede lateral e à região dorsal ou
lombar.
Objetos
introduzidos na vagina ou no reto (situações conhecidas como empalamento) podem
penetrar a cavidade abdominal, pela lesão dessas estruturas, com grave
repercussão.
As
lesões abdominais compreendem ruptura ou laceração dos órgãos ocos, fazendo
extravasar conteúdo das vísceras (fezes, alimentos, bile, suco gástrico e
pancreático e urina), o que provoca a infecção conhecida por peritonite.
Assim
como de estruturas sólidas (fígado, baço, pâncreas e rins), causando
hemorragias internas, muitas vezes despercebidas logo após o trauma.
Sinais
e sintomas
Todo
paciente traumatizado deve ser atendido seguindo-se a sistematização do exame
primário do Advanced Trauma Life Support (ATLS).
- Dor no local do trauma;
- Dor abdominal difusa - peritonismo;
- Rigidez de parede - abdome em tábua;
- Sinais de choque hipovolêmico;
- Fraturas de costelas inferiores;
- Equimoses na parede abdominal e na bolsa escrotal, região dos flancos, ao redor do umbigo;
- Hematomas na parede abdominal;
- Ferimento na parede do abdome, dorso e no tórax, abaixo do mamilo;
- Sinal do “cinto de segurança”;
- Sangramento pela uretra, vagina e reto.
Diagnóstico
- Exame Físico – Importante, mas não confiável;
- Por Imagens – Rx, Tomografia;
- Laboratorial – Hmg, Tipagem Sanguínea.
Atendimento
Pré-hospitalar
→No
trauma abdominal, a hemorragia constitui prioridade de tratamento, por ser
causa de morte nas primeiras horas.
→Nenhum
tratamento instituído na fase pré-hospitalar do atendimento vai conter a
hemorragia de órgãos e estruturas abdominais. Em algumas vítimas, essa
hemorragia é mais lenta e dá certa estabilidade inicial, mas, se não
controlada, agrava as condições da vítima.
→As
medidas de acesso venoso e infusão de soro não devem retardar o encaminhamento
da vítima, mas são úteis em casos de transporte a longa distância, que
ultrapassem 10 minutos, e quando não retardem o atendimento definitivo.
→Comunicar
rapidamente o médico regulador quanto à natureza do trauma e ao estado
hemodinâmico, pela medida da pressão arterial e do pulso.
→Deslocar-se
ao hospital de referência após autorização do médico regulador sem maior
demora. A ambulância pode ser interceptada no seu percurso ao hospital pelo
médico para medidas de suporte avançado.
→Desobstruir
as vias aéreas permitindo boa ventilação;
→Ministrar
oxigênio a 12 ou 15 litros por minuto;
→Elevar
os membros inferiores (posição de choque);
→Aquecer
a vítima evitando a hipotermia, que agrava o estado de choque;
→Controlar
hemorragias externas de ferimentos ou imobilizar fraturas de ossos longos, como
fêmur e úmero, da maneira mais rápida possível, sem retardar o transporte, para
minimizar perdas adicionais de sangue;
→Em
caso de evisceração (saída de vísceras por ferimentos abdominais), limpar essas
vísceras de detritos grosseiros com soro fisiológico e cobri-las com plástico
esterilizado próprio para esse fim ou com compressas úmidas a fim de isolá-las
do meio ambiente. Em hipótese alguma, tentar reintroduzir as vísceras no
abdômen, porque o sangramento se agrava ou propicia o extravasamento de fezes.
→Em
casos de objetos que penetrem no abdômen, como pedaços de ferro, madeira ou
outros, nunca os retirar. Corte-os,
se necessário, e proteja-os para que não se movam durante o transporte. Esses
corpos estranhos só podem ser retirados em centro cirúrgico, onde haja
condições de controlar o sangramento.
09 março 2020
Meningite
Meningite
é uma inflamação aguda das membranas protetoras que revestem o cérebro e a
medula espinal, denominadas coletivamente por meninges.
Causas
A
meningite de origem infecciosa pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e
parasitas.
Existem muitos tipos de bactérias que podem causar
meningite. As principais causas no Brasil são:
- Neisseria meningitidis (meningococo);
- Streptococcus pneumoniae (pneumococo);
- Haemophilus influenzae;
- Mycobacterium tuberculosis;
- Streptococcus sp., especialmente os do Grupo B;
- Listeria monocytogenes;
- Escherichia coli;
- Treponema pallidum;
- Entre outras
As causas mais comuns de meningite bacteriana
variam de acordo com o grupo etário:
👉Recém-nascidos: Streptococcus do grupo B, Streptococcus
pneumoniae, Listeria monocytogenes, Escherichia coli.
👉Bebes e crianças: Streptococcus pneumoniae, Neisseria
meningitidis, Haemophilus influenzae, Streptococcus do grupo B.
👉Adolescentes e adultos jovens: Neisseria meningitidis,
Streptococcus pneumoniae.
👉Idosos: Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis,
Haemophilus influenzae, Streptococcus do grupo B, Listeria monocytogenes.
Os principais agentes virais que podem causar
meningite são:
⤷Enterovírus não-pólio (tais como os vírus
Coxsackie, e Echovírus);
⤷Vírus do grupo Herpes (incluindo o herpes simplex,
o vírus da varicela zoster, Epstein-Barr e Citomegalovírus);
⤷Arbovírus (tais como dengue, Zika, Chikungunya,
febre amarela, e o vírus da febre do Nilo Ocidental);
⤷Vírus do Sarampo;
⤷Vírus da Caxumba;
⤷Adenovírus;
⤷Entre outros.
Por Fungos:
- Cryptococcus neoformans;
- Cryptococcus gatti;
- Candida albicans;
- Candida tropicalis;
- Histoplasma capsulatum;
- Paracoccidioides brasiliensis;
- Aspergillus fumigatus.
Por Protozoários
- Toxoplasma gondii;
- Trypanosoma cruzi;
- Plasmodium sp.
Por Helmintos
- Infecção larvária da Taenia solium;
- Cysticercus cellulosae (Cisticercose);
- Angyostrongylus cantonensis.
Sintomas
Meningite bacteriana
Os sintomas da meningite incluem início súbito de
febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Muitas vezes há outros sintomas,
como:
→Mal estar;
→Náusea;
→Vômito;
→Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz);
→Status mental alterado (confusão).
Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves
de meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma.
Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas
descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê
pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico ou
irresponsivo a estímulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira)
protuberante ou reflexos anormais.
Na septicemia meningocócica (também conhecida como
meningococemia) que é uma infecção na corrente sanguínea causada pela bactéria
Neisseria meningitidis, além dos sintomas descritos acima, podem aparecer
outros como:
- Fadiga;
- Mãos e pés frios;
- Calafrios;
- Dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen (barriga);
- Respiração rápida;
- Diarreia;
- Manchas vermelhas pelo corpo.
Meningite viral
Os sintomas iniciais da meningite viral são
semelhantes aos da meningite bacteriana. No entanto, a meningite bacteriana é
geralmente mais grave.
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Rigidez no pescoço;
- Náusea;
- Vômito;
- Falta de apetite;
- Irritabilidade;
- Sonolência ou dificuldade para acordar do sono;
- Letargia (falta de energia);
- Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz).
Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas
descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê
pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico (falta de
energia) ou irresponsivo a estímulos. Também podem apresentar a fontanela
(moleira) protuberante ou reflexos anormais.
Meningite de parasitas
Tal como acontece com a meningite causada por
outras infecções, as pessoas que desenvolvem este tipo de meningite podem
apresentar dores de cabeça, rigidez no pescoço, náuseas, vômitos, fotofobia
(sensibilidade à luz) e/ou estado mental alterado (confusão).
Meningite por fungos
Os sinais e sintomas de meningite fúngica são
parecidos com os causados por outros tipos de agentes etiológicos, como segue:
febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, náusea, vômitos, fotofobia
(sensibilidade à luz), e status mental alterado (confusão).
Transmissão
A transmissão varias de acordo o tipo.
Meningite Bacteriana
Geralmente, as bactérias que causam meningite
bacteriana se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias
respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras
bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria
monocytogenes e da Escherichia coli.
É importante saber que algumas pessoas podem
transportar essas bactérias dentro ou sobre seus corpos sem estarem doentes.
Essas pessoas são chamadas de “portadoras”. A maioria dessas pessoas não
adoece, mas ainda assim pode espalhar as bactérias para outras pessoas.
Meningite Viral
As meningites virais podem ser transmitidas de
diversas maneiras a depender do vírus causador da doença.
No caso dos Enterovírus, a contaminação é
fecal-oral, e os vírus podem ser adquiridos por contato próximo (tocar ou
apertar as mãos) com uma pessoa infectada; tocar em objetos ou superfícies que
contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as
mãos, trocar fraldas de uma pessoa infectada, depois tocar nos olhos, nariz ou
boca antes de lavar as mãos, beber água ou comer alimentos crus que contenham o
vírus. Já os Já os Arbovírus são transmitidos por meio de picada de mosquitos
contaminados.
Fungos
A meningite fúngica não é transmitida de pessoa
para pessoa. Geralmente os fungos são adquiridos por meio da inalação dos
esporos (pequenos pedaços de fungos) que entram nos pulmões e podem chegar até
as meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal). Alguns
fungos encontram-se em solos ou ambientes contaminados com excrementos de
pássaros ou morcegos.
Já um outro fungo, chamado Cândida, que também pode
causar meningite, geralmente é adquirido em ambiente hospitalar.
Parasitas
Os parasitas que causam meningite não são
transmitidos de uma pessoa para outra, e normalmente infectam animais e não
pessoas. As pessoas são infectadas pela ingestão de produtos ou alimentos
contaminados que tenha a forma ou a fase infecciosa do parasita.
Diagnóstico
Exame Clinico;
→O sinal de Kernig pode ser avaliado deitando a
pessoa de costas, com a anca e joelho flectidos 90º. Numa pessoa com sinal de
Kernig positivo, a dor limita a extensão excessiva do joelho.
→Um
sinal de Brudziński positivo ocorre quando a flexão do pescoço causa a flexão
involuntária do joelho e anca. Embora estes sinais sejam geralmente usados no
diagnóstico de meningite, são de sensibilidade limitada; ou seja, nem sempre
ocorrem. No entanto, são muito específicos para a meningite, o que significa
que raramente ocorrem em outras doenças.
- Proteína C - reativa,
- Hemograma completo);
- Hemocultura.
- LCR - Exame mais importante para o diagnóstico definitivo da meningite, obtido por punção lombar.
- Exame quimiocitológico do líquor;
- Bacterioscopia direta (líquor);
- Cultura (líquor, sangue, petéquias ou fezes);
- Contra-imuneletroforese cruzada – CIE (líquor e soro);
- Aglutinação pelo látex (líquor e soro).
O aspecto do líquor, embora não considerado um
exame, funciona como um indicativo. O líquor normal é límpido e incolor, como
“água de rocha”.
Nos processos infecciosos, ocorre o aumento de
elementos figurados (células), causando turvação, cuja intensidade varia de
acordo com a quantidade e o tipo desses elementos.
Tratamento
A meningite é uma emergência médica potencialmente
fatal. Quando não é tratada atempadamente, a taxa de mortalidade é elevada e a
demora no tratamento está associada a um prognóstico menos favorável.
Meningites bacterianas, faz-se uso de
antibioticoterapia em ambiente hospitalar;
Meningites virais, na maioria dos casos, não se faz
tratamento com medicamentos antivirais. Em geral as pessoas são internadas e
monitoradas quanto a sinais de maior gravidade, e se recuperam espontaneamente.
Porém alguns vírus como herpes vírus e influenza podem vir a provocar meningite
com necessidade de uso de antiviral específico. A devida conduta sempre é
determinada pela equipe médica que acompanha o caso.
Meningites fúngicas o tratamento é mais longo,
com altas e prolongadas dosagens de medicação antifúngica, escolhida de acordo
com o fungo identificado no organismo do paciente. A resposta ao tratamento
também é dependente da imunidade da pessoa, e pacientes com história de
HIV/AIDS, diabetes, câncer e outras doenças imunodepressoras são tratados com
maior rigor e cuidado pela equipe médica.
Meningites por parasitas, tanto o medicamento
contra a infecção como as medicações para alívio dos sintomas são administrados
por equipe médica em paciente internado. Nestes casos, os sintomas como dor de
cabeça e febre são bem fortes, e assim a medicação de alívio dos sintomas se
faz tão importante quanto o tratamento contra o parasita.
Prevenção
A
meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes
infecciosos. Para alguns destes, existem medidas de prevenção primária, tais
como vacinas e quimioprofilaxia.
Vacinas
disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de
Imunização:
➜Vacina
meningocócica conjugada sorogrupo C: protege contra a Doença Meningocócica
causada pelo sorogrupo C;
➜Vacina
pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas
causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
➜Pentavalente:
protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae
sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e
hepatite B;
➜BCG:
protege contra as formas graves da tuberculose.
03 março 2020
Diabetes Mellitus
Diabetes
é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina. A
insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de
glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso
organismo.
O
pâncreas é uma glândula mista, com função exócrina e endócrina, localizada na
cavidade abdominal. Sua função exócrina consiste na excreção de suco
pancreático pelas células acinares no duodeno, e sua função endócrina, secreta
insulina e glucagon pelas ilhotas pancreáticas no sangue.
O
Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, que acomete a função
endócrina do pâncreas, especificamente as células betas pancreáticas,
responsáveis pela secreção da insulina. Trata-se, portanto de uma doença metabólica,
caracterizada por hiperglicemia crônica, resultante de defeitos na secreção de
insulina, podendo alterar o metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios.
Classificação
Diabetes
Mellitus tipo 1 (DM1) ou insulinodependente, que ocorre por diminuição ou ausência da secreção de insulina pelas
células beta, das ilhotas de Langerhans no pâncreas. Podendo ter sido
ocasionada por fatores ambientais e autoimunes (destruição das células beta). O
portador da doença (conhecido por diabético), geralmente apresenta massa
corpórea bem diminuída;
Diabetes
Mellitus tipo 2 (DM2) ou insulina-independente, que ocorre devido à resistência à insulina, e está
intimamente associado à obesidade na maioria dos casos.
Existem
ainda, outros tipos de diabetes (diabetes secundárias), que podem ser
desencadeadas por doenças pancreáticas (vírus e/ou toxinas), doenças endócrinas
(acromegalia e síndrome de Cushing).
Diabetes
gestacional, ocorre por uma reação de
intolerância à glicose durante o período gestacional. As taxas de açúcar no
sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada
como diabetes tipo 2.
Toda
gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal.
Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o
parto.
Esse
tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco
aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.
Sintomas
Os
principais sintomas do diabete são:
Fome
e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia.
Diabetes
tipo 1:
- Poliúria (aumento do volume urinário);
- Polidipsia (aumento da sede);
- Perda de peso;
- Polifagia (fome excessiva);
- Visão turva;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Diabetes
tipo 2:
- Polifagia (fome excessiva),
- Polidipsia (aumento da sede),
- Poliúria (aumento do volume urinário),
- Visão turva.
- Doenças circulatórias;
- Cistite Infecções frequentes na bexiga,
- Pielonefrite infecções nos rins,
- Infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar.
Fatores
de risco
Diversos
fatores podem ser considerados de risco para o desenvolvimento da doença,
dentre os quais podemos citar como mais prevalentes.
- Obesidade;
- Hereditariedade;
- Sedentarismo e a alimentação inadequada.
Outros
fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes:
➦Etnia;
➦Idade acima de 45 anos - Apesar de ser uma doença cada
vez mais prevalente em jovens, o diabetes tipo 2 é mais comum em indivíduos acima
de 45 anos. Provavelmente, a queda na massa muscular e o aumento da gordura
corporal que ocorrem com o envelhecimento desempenham papel importante nestes
pacientes;
➦Uso de Cigarro, indivíduos que fumam apresentam 40%
mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que não fumantes;
➦Glicemia de jejum alterada;
➦Dieta hipercalórica;
➦Hipertensão;
➦Síndrome dos ovários policísticos (SOP), mulheres
portadoras de SOP apresentam frequentemente resistência à insulina e,
consequentemente, riscos de desenvolver diabetes tipo 2;
➦Diabetes gestacional;
➦Uso de corticoides – O uso prolongado de corticoides
pode desencadear a diabetes;
➦Diagnóstico de pré-diabetes;
➦Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides
no sangue;
➦Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver
concentrada em volta da cintura;
➦Doenças renais crônicas;
➦Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
➦Distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão,
transtorno bipolar;
➦Apneia do sono.
Tratamento
Tratamento
para o diabetes do tipo 1
Os
pacientes que apresentam diabetes do Tipo 1 precisam de injeções diárias de
insulina para manterem a glicose no sangue em valores considerados normais.
Recomendam
que a insulina deva ser aplicada diretamente na camada de células de gordura,
logo abaixo da pele.
Os
melhores locais para a aplicação de insulina são barriga, coxa, braço, região
da cintura e glúteo.
Além
da insulina, alguns medicamentos podem ser inclusos no tratamento.
Tratamento
para o diabetes do tipo 2
Já
para os pacientes que apresentam diabetes Tipo 2, o tratamento consiste em
identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso,
os seguintes medicamentos/técnicas:
Inibidores
da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino;
Sulfonilureias:
estimulam a produção pancreática de insulina pelas células;
Glinidas:
agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.
O
Diabetes Tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de saúde. Por
isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas
outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes.
Complicações
O
diabetes, quando não tratado corretamente, pode evoluir para formas mais graves
e apresentar diversas complicações tais como:
👉Lesões circulatórias - Pé Diabético;
👉Lesões na Pele;
👉Alteração de humor, ansiedade e depressão;
👉Doença cardíaca;
👉Lesões renais;
👉Lesões oculares;
👉Lesões neurológicas;
👉Doença do foro dentário;
👉Disfunção sexual.
Prevenção
A
melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras doenças é a prática de
hábitos saudáveis.
➠Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos,
três porções de frutas;
➠Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras;
➠Parar de fumar;
➠Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos
30 minutos todos os dias);
➠Manter o peso controlado.
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