Diabetes
é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina. A
insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de
glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso
organismo.
O
pâncreas é uma glândula mista, com função exócrina e endócrina, localizada na
cavidade abdominal. Sua função exócrina consiste na excreção de suco
pancreático pelas células acinares no duodeno, e sua função endócrina, secreta
insulina e glucagon pelas ilhotas pancreáticas no sangue.
O
Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, que acomete a função
endócrina do pâncreas, especificamente as células betas pancreáticas,
responsáveis pela secreção da insulina. Trata-se, portanto de uma doença metabólica,
caracterizada por hiperglicemia crônica, resultante de defeitos na secreção de
insulina, podendo alterar o metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios.
Classificação
Diabetes
Mellitus tipo 1 (DM1) ou insulinodependente, que ocorre por diminuição ou ausência da secreção de insulina pelas
células beta, das ilhotas de Langerhans no pâncreas. Podendo ter sido
ocasionada por fatores ambientais e autoimunes (destruição das células beta). O
portador da doença (conhecido por diabético), geralmente apresenta massa
corpórea bem diminuída;
Diabetes
Mellitus tipo 2 (DM2) ou insulina-independente, que ocorre devido à resistência à insulina, e está
intimamente associado à obesidade na maioria dos casos.
Existem
ainda, outros tipos de diabetes (diabetes secundárias), que podem ser
desencadeadas por doenças pancreáticas (vírus e/ou toxinas), doenças endócrinas
(acromegalia e síndrome de Cushing).
Diabetes
gestacional, ocorre por uma reação de
intolerância à glicose durante o período gestacional. As taxas de açúcar no
sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada
como diabetes tipo 2.
Toda
gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal.
Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o
parto.
Esse
tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco
aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.
Sintomas
Os
principais sintomas do diabete são:
Fome
e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia.
Diabetes
tipo 1:
- Poliúria (aumento do volume urinário);
- Polidipsia (aumento da sede);
- Perda de peso;
- Polifagia (fome excessiva);
- Visão turva;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Diabetes
tipo 2:
- Polifagia (fome excessiva),
- Polidipsia (aumento da sede),
- Poliúria (aumento do volume urinário),
- Visão turva.
- Doenças circulatórias;
- Cistite Infecções frequentes na bexiga,
- Pielonefrite infecções nos rins,
- Infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar.
Fatores
de risco
Diversos
fatores podem ser considerados de risco para o desenvolvimento da doença,
dentre os quais podemos citar como mais prevalentes.
- Obesidade;
- Hereditariedade;
- Sedentarismo e a alimentação inadequada.
Outros
fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes:
➦Etnia;
➦Idade acima de 45 anos - Apesar de ser uma doença cada
vez mais prevalente em jovens, o diabetes tipo 2 é mais comum em indivíduos acima
de 45 anos. Provavelmente, a queda na massa muscular e o aumento da gordura
corporal que ocorrem com o envelhecimento desempenham papel importante nestes
pacientes;
➦Uso de Cigarro, indivíduos que fumam apresentam 40%
mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que não fumantes;
➦Glicemia de jejum alterada;
➦Dieta hipercalórica;
➦Hipertensão;
➦Síndrome dos ovários policísticos (SOP), mulheres
portadoras de SOP apresentam frequentemente resistência à insulina e,
consequentemente, riscos de desenvolver diabetes tipo 2;
➦Diabetes gestacional;
➦Uso de corticoides – O uso prolongado de corticoides
pode desencadear a diabetes;
➦Diagnóstico de pré-diabetes;
➦Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides
no sangue;
➦Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver
concentrada em volta da cintura;
➦Doenças renais crônicas;
➦Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
➦Distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão,
transtorno bipolar;
➦Apneia do sono.
Tratamento
Tratamento
para o diabetes do tipo 1
Os
pacientes que apresentam diabetes do Tipo 1 precisam de injeções diárias de
insulina para manterem a glicose no sangue em valores considerados normais.
Recomendam
que a insulina deva ser aplicada diretamente na camada de células de gordura,
logo abaixo da pele.
Os
melhores locais para a aplicação de insulina são barriga, coxa, braço, região
da cintura e glúteo.
Além
da insulina, alguns medicamentos podem ser inclusos no tratamento.
Tratamento
para o diabetes do tipo 2
Já
para os pacientes que apresentam diabetes Tipo 2, o tratamento consiste em
identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso,
os seguintes medicamentos/técnicas:
Inibidores
da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino;
Sulfonilureias:
estimulam a produção pancreática de insulina pelas células;
Glinidas:
agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.
O
Diabetes Tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de saúde. Por
isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas
outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes.
Complicações
O
diabetes, quando não tratado corretamente, pode evoluir para formas mais graves
e apresentar diversas complicações tais como:
👉Lesões circulatórias - Pé Diabético;
👉Lesões na Pele;
👉Alteração de humor, ansiedade e depressão;
👉Doença cardíaca;
👉Lesões renais;
👉Lesões oculares;
👉Lesões neurológicas;
👉Doença do foro dentário;
👉Disfunção sexual.
Prevenção
A
melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras doenças é a prática de
hábitos saudáveis.
➠Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos,
três porções de frutas;
➠Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras;
➠Parar de fumar;
➠Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos
30 minutos todos os dias);
➠Manter o peso controlado.
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