03 março 2020

Diabetes Mellitus

Diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo.

O pâncreas é uma glândula mista, com função exócrina e endócrina, localizada na cavidade abdominal. Sua função exócrina consiste na excreção de suco pancreático pelas células acinares no duodeno, e sua função endócrina, secreta insulina e glucagon pelas ilhotas pancreáticas no sangue.

O Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, que acomete a função endócrina do pâncreas, especificamente as células betas pancreáticas, responsáveis pela secreção da insulina. Trata-se, portanto de uma doença metabólica, caracterizada por hiperglicemia crônica, resultante de defeitos na secreção de insulina, podendo alterar o metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios.
Classificação

Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) ou insulinodependente, que ocorre por diminuição ou ausência da secreção de insulina pelas células beta, das ilhotas de Langerhans no pâncreas. Podendo ter sido ocasionada por fatores ambientais e autoimunes (destruição das células beta). O portador da doença (conhecido por diabético), geralmente apresenta massa corpórea bem diminuída;

Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) ou insulina-independente, que ocorre devido à resistência à insulina, e está intimamente associado à obesidade na maioria dos casos.
Existem ainda, outros tipos de diabetes (diabetes secundárias), que podem ser desencadeadas por doenças pancreáticas (vírus e/ou toxinas), doenças endócrinas (acromegalia e síndrome de Cushing).

Diabetes gestacional, ocorre por uma reação de intolerância à glicose durante o período gestacional. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2.

Toda gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal. Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o parto.

Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.

Sintomas

Os principais sintomas do diabete são:

Fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia.

Diabetes tipo 1:
  • Poliúria (aumento do volume urinário);
  • Polidipsia (aumento da sede);
  • Perda de peso;
  • Polifagia (fome excessiva);
  • Visão turva;
  • Fadiga;
  • Mudanças de humor;
  • Náusea e vômito.

Diabetes tipo 2:
  • Polifagia (fome excessiva),
  • Polidipsia (aumento da sede),
  • Poliúria (aumento do volume urinário),
  • Visão turva.
  • Doenças circulatórias;
  • Cistite Infecções frequentes na bexiga,
  • Pielonefrite infecções nos rins,
  • Infecções de pele;
  • Feridas que demoram para cicatrizar.

Fatores de risco

Diversos fatores podem ser considerados de risco para o desenvolvimento da doença, dentre os quais podemos citar como mais prevalentes.
  • Obesidade;
  • Hereditariedade;
  • Sedentarismo e a alimentação inadequada.
Outros fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes:

Etnia;
Idade acima de 45 anos - Apesar de ser uma doença cada vez mais prevalente em jovens, o diabetes tipo 2 é mais comum em indivíduos acima de 45 anos. Provavelmente, a queda na massa muscular e o aumento da gordura corporal que ocorrem com o envelhecimento desempenham papel importante nestes pacientes;
Uso de Cigarro, indivíduos que fumam apresentam 40% mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que não fumantes;
Glicemia de jejum alterada;
Dieta hipercalórica;
Hipertensão;
Síndrome dos ovários policísticos (SOP), mulheres portadoras de SOP apresentam frequentemente resistência à insulina e, consequentemente, riscos de desenvolver diabetes tipo 2;
Diabetes gestacional;
Uso de corticoides – O uso prolongado de corticoides pode desencadear a diabetes;
Diagnóstico de pré-diabetes;
Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
Doenças renais crônicas;
Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
Distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
Apneia do sono.

Tratamento

Tratamento para o diabetes do tipo 1

Os pacientes que apresentam diabetes do Tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores considerados normais.

Recomendam que a insulina deva ser aplicada diretamente na camada de células de gordura, logo abaixo da pele.

Os melhores locais para a aplicação de insulina são barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo.

Além da insulina, alguns medicamentos podem ser inclusos no tratamento.

Tratamento para o diabetes do tipo 2

Já para os pacientes que apresentam diabetes Tipo 2, o tratamento consiste em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso, os seguintes medicamentos/técnicas:

Inibidores da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino;

Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células;

Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.

O Diabetes Tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de saúde. Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes.

Complicações

O diabetes, quando não tratado corretamente, pode evoluir para formas mais graves e apresentar diversas complicações tais como:
👉Lesões circulatórias - Pé Diabético;
👉Lesões na Pele;
👉Alteração de humor, ansiedade e depressão;
👉Doença cardíaca;
👉Lesões renais;
👉Lesões oculares;
👉Lesões neurológicas;
👉Doença do foro dentário;
👉Disfunção sexual.

Prevenção

A melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras doenças é a prática de hábitos saudáveis.
Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas;
Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras;
Parar de fumar;
Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os dias);
Manter o peso controlado.







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