23 novembro 2020

Rins policísticos


Rins policísticos ou doença renal policística (PKD é uma doença genética que afeta os rins e tem caráter progressiva e hereditária. determinada por mutações nos genes PKD1 (85% dos casos) e PKD2 (15% dos casos). Ela se manifesta em ambos os sexos, não importa a idade nem a etnia. Pareça haver fatores ambientais envolvidos.

Sua principal característica é a formação de inúmeras dilatações semelhantes a bolhas de diferentes tamanhos, em alguma parte do néfron (ou nefrônio), a unidade funcional dos rins encarregada de filtrar o sangue e eliminar a urina.

Revestidos por tecido epitelial, os cistos renais contêm material líquido semelhante ao plasma sanguíneo (cistos simples) ou semisólido (cistos complexos), em seu interior, e podem afetar um ou os dois rins. Cistos simples, em pequeno número, isolados, com superfície regular, podem surgir nos rins à medida que as pessoas envelhecem sem constituir problema mais sério de saúde.

Quando já caracterizado doença renal policística, eles são em grande número, afetam os dois rins e podem estar associados ao aparecimento de cistos no fígado, pâncreas, vasos sanguíneos, vesículas seminais, coração e cérebro.

Tipos

Existem dois tipos de doença renal policística de caráter hereditário:

⇢Doença renal policística autossômica recessiva (DRPAR);
⇢Doença renal policística autossômica dominante (DRPAD). 

São consideradas autossômicas, porque são transmitidas pelos genes não sexuais.

A recessiva é mais rara, porém mais grave e de evolução mais rápida para a insuficiência renal crônica. Ela se manifesta na infância ou adolescência, não poupando os recém-nascidos, e pode estar associada a complicações hepáticas e pulmonares bastante graves, que colocam a vida em risco.

A forma autossômica dominante é congênita, acomete crianças e adultos. É dominante porque basta um dos pais ser portador de rins policísticos para que o risco de seus filhos receberem o gene defeituoso seja de 50%.  O mais comum é os pacientes apresentarem manifestações clinicas da doença depois dos 30, 40 anos. No entanto, por volta dos 60 anos, metade deles terá desenvolvido insuficiência renal crônica provocada pelo crescimento dos cistos e destruição do parênquima renal, o que favorece a retenção de toxinas lesivas ao organismo.

Vale mencionar, ainda, a doença renal policística adquirida que não é hereditária nem provoca o aparecimento de cistos em outros órgãos. Ela ocorre em pacientes com uremia prolongada ou fazendo hemodiálise há muito tempo, e representa uma complicação grave da doença renal.

Diagnóstico

  • Exames laboratoriais;
  • Exames de imagem:
  • USG;
  • Ressonância magnética.
 
Sintomas

No início, os cistos são assintomáticos. Porém com a evolução do quadro pode apresentar
→Dor no abdômen;
→Dor nas costas,
→Dor lombar;
→Cansaço,
→Edema (inchaço),
→Náusea,
→Hematúria (sangue na urina);
→Infecções urinárias,
→Cálculo renal.
→Hipertensão arterial,
→Proteinúria – (perda de proteínas pela urina);
→Noctúria – (Urina excessiva à noite).

 
Tratamento

Ainda não existe tratamento específico para curar, porém algumas condutas são adotadas para preservar a função renal.

➡Controle da pressão arterial;
➡Uso de alguns analgésicos, anti-inflamatório não esteroide (caso a função renal esteja preservada);
➡Drenagem do fluido do cisto;
➡Pacientes com insuficiência renal crônica e progressiva precisam recorrer à hemodiálise enquanto aguardam receber um rim saudável para transplante.

 
Complicações
  • Cistos no fígado,
  • Evolução para insuficiência renal crônica;
  • Hérnias abdominais;
  • Diverticulose;
  • Problemas de válvulas cardíacas;
  • Aneurismas;
  • AVC.


Nenhum comentário: