Diminuição de determinada
proteína no cérebro resultou na regulação da memória e do aprendizado; novo
composto se mostrou promissor, mas ainda está sendo testado em animais.
Pesquisadores da
Universidade de Yale descobriram uma nova droga que pode ajudar a reverter os
déficits cognitivos dos pacientes com Alzheimer. O composto TC-2153 inibe os
efeitos negativos de uma proteína conhecida como STEP, que é o ponto chave para
a regulação da memória e do aprendizado, as funções cognitivas deficientes no
mal de Alzheimer.
"A diminuição
dos níveis de STEP reverteu os efeitos do Alzheimer em ratos”, disse Paul
Lombroso, professor da Faculdade de Medicina de Yale e autor do estudo
publicado no periódico científico PLOS Biology.
O Alzheimer é uma
doença degenerativa cujo primeiro sintoma é a perda da memória. Com o avançar
da doença, os pacientes tendem a apresentar irritabilidade, confusão mental e
até mesmo comportamento agressivo. Estimativas afirmam que mais de 106
milhões de pessoas em todo o mundo terão Alzheimer em 2050, mais de três vezes
o número de pessoas afetadas em 2010.
Os pesquisadores
analisaram milhares de moléculas até encontrar uma que inibisse a proteína
STEP. Uma vez identificados os compostos inibidores, eles foram testados em
células cerebrais e em ratos-cobaia com mal de Alzheimer. O resultado mostrou
que houve uma reversão dos déficits em vários exercícios cognitivos.
Os pesquisadores
notaram que os altos níveis de proteínas mantiveram a plasticidade neuronal,
processo necessário para as pessoas transformarem as memórias de curto prazo em
memórias de longo prazo. Quando o nível de proteína STEP é aumentado no
cérebro, ele empobrece os locais de recepção sináptica e inativa outras
proteínas que são necessárias para o bom funcionamento do cérebro. Esta
perturbação pode resultar no mal de Alzheimer.
"Uma única dose
da droga resultou em melhoria da função cognitiva em ratos. Animais tratados
com composto TC-2153 não se diferenciaram de um grupo de controle em várias
tarefas cognitivas", disse Lombroso.
A equipe agora está
testando o composto em outros animais com defeitos cognitivos, incluindo ratos
e primatas não-humanos. "Estes estudos irão determinar se o composto pode
melhorar déficits cognitivos em outros modelos animais," disse Lombroso.
" Se tivermos sucesso nos testes, estaremos a um passo de uma droga que
melhora a cognição em humanos", disse
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