O
refluxo gastroesofágico ou doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) consiste no
refluxo de conteúdo alimentar presente no estômago para o esôfago, normalmente
com pH ácido, embora possa ser também de conteúdo biliar, neste caso chamado
refluxo alcalino.
O refluxo, que contém material ácido, atinge
a faringe e até a boca, provocando, tal como na pirose, ardor, queimação, mal
estar e em casos extremos a morte.
Sinais
e sintomas
O sintoma mais comum é a azia (sensação de
queimor retroesternal e epigástrica,subir até à garganta) e sensação de
regurgitação.
➡Tosse seca crônica;
➡Sibilos;
➡Asma e pneumonia recorrente;
➡Náusea;
➡Vômitos;
➡Dor de garganta, rouquidão ou laringite - inchaço e irritação das
cordas vocais;
➡Dificuldade ou dor à deglutição;
➡Dor no peito ou parte superior do abdome;
➡Erosão dentária e mau hálito.
Fatores
de risco
→Obesidade;
→Aumento da pressão intra-abdominal;
→Ingestão de alimentos como, café, chá preto,
chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e
gasosas.
→Gestação - A pirose e a regurgitação aumentam
durante a gestação pelo crescimento do útero e compressão do estômago;
→Hérnia de hiato Os fatores anatômicos de
contensão do refluxo gastroesofágico são alterados pela presença da hérnia
hiatal, principalmente nas hérnias moderadas a grandes;
→Uso de medicamentos como os antidepressivos,
anti-hipertensivos ente outros aumentam a incidência de refluxos;
→Tabagismo;
→Bebidas alcoólicas;
→Refeições copiosas;
→Esforços físicos excessivo Carregar pesos e
atividade física após alimentação.
Diagnóstico
- Clinico;
- Laboratorial;
- Por Imagens.
➼O diagnóstico é baseado nos aspectos clínicos
do pacientes.
➼A Endoscopia Digestiva Alta (EDA), método utilizado
para diagnosticar as complicações da DRGE e a esofagite de refluxo (presente em
40% dos pacientes com essa patologia).
➼Para detecção do DRGE, o exame padrão ouro é
a pHmetria de 24 horas.
Complicações
➩Broncoespasmo (irritação e espasmo das vias
respiratórias devido ao suco gástrico) e asma;
➩Fibrose pulmonar;
➩Tosse ou rouquidão crônica;
➩Problemas dentais;
➩Úlcera esofágica;
➩Inflamação do esôfago;
➩Infecções de vias aéreas superiores como
sinusite e otite;
➩Estrangulamento (um estreitamento do esôfago
devido à cicatrização da inflamação);
➩Esofagite - irritação do esôfago pelo ácido
refluído do estômago que danifica o seu revestimento e causa sangramento ou
úlceras. Os adultos que têm esofagite crônica, durante muitos anos, são mais propensos
a desenvolver alterações pré-cancerosas do esôfago;
➩Estenoses (estreitamentos) que levam a
dificuldades de deglutição;
➩Esôfago de Barrett, uma condição em que o
tecido que reveste o esôfago é substituído por tecido semelhante ao
revestimento do intestino. Um pequeno número de pessoas com esôfago de Barrett
desenvolve um tipo raro, no entanto, muitas vezes mortal de câncer do esôfago.
Observe
a mancha de "cor salmão" da lesão causada pela exposição prolongada
do esôfago ao conteúdo gástrico ácido.
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Tratamento
- Clinico;
- Medicamentosos;
- Cirurgicos.
➦Clínico é baseado na mudança do estilo e
hábitos de vida, no controle da secreção de ácido pelo estômago e acelerando o
esvaziamento gástrico.
➦Medicamentosos são os chamados inibidores de
bomba protônica (omeprazol, lanzoprazol, rabeprazol), que diminuem muito a
secreção de ácido pelo estômago e os pró-cinéticos (bromoprida, domperidona),
que promovem o esvaziamento gástrico mais rápido.
➦Cirúrgico geralmente é realizado por
videolaparoscopia e consiste em se confeccionar uma válvula utilizando o fundo
gástrico que é costurado em volta do esôfago.
Pode-se corrigir a hérnia de hiato (quando
esta estiver presente) colocando o estômago na sua posição normal e diminuindo
o hiato esofágico através da crurorrafia, que é a aproximação dos músculos do
pilar diafragmático.
A cirurgia só é indicada quando o paciente
não se adapta às medidas comportamentais e aos medicamentos ou quando não se
obtém o desaparecimento dos sintomas.
O tratamento cirúrgico deve ser
individualizado caso a caso e é quase consenso diante do esôfago de Barrett.
Quase 95% dos pacientes ficam livres dos
sintomas e de medicamentos com a cirurgia.
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