13 outubro 2018

Arteriosclerose


Arteriosclerose é o processo degenerativo normal que acompanha o envelhecimento. Para alguns autores não é uma doença e não está sujeita à acção dos fatores de risco. Deste processo de envelhecimento resulta um endurecimento e espessamento progressivo da parede das artérias com diminuição da elasticidade arterial.

Este processo é o responsável pelo aumento progressivo da pressão arterial sistólica sem aumento da pressão arterial diastólica. É quase universal na senescência (velhice) e predominantemente no sexo masculino. Porém, pós a menopausa, o predomínio masculino desaparece.

A doença pode acometer qualquer vaso sangüíneo, sendo os mais freqüentes: artéria aorta (principal vaso do corpo humano), artérias coronárias (as que irrigam o coração), artérias cerebrais (as que irrigam o cérebro) e as artérias periféricas (as que irrigam braços e pernas).

A arteriosclerose é caracterizada pela falta de flexibilidade das artérias (veias de grande calibre que levam o sangue do coração aos órgãos) resultante do espessamento e endurecimento das paredes em determinadas zonas do corpo. É mais frequente nos homens e idosos.

É classificada patologicamente em 3 tipos: 
arteriosclerose calcificante focal (esclerose de Monkberg), a arteriosclerose e a aterosclerose.

A aterosclerose é a mais frequente, atinge artérias de grande e médio calibre, desencadeada pela acumulação de gordura, cálcio e outras substâncias nas paredes internas das artérias. A zona onde há a acumulação chama-se de placa. Esta reduz o calibre da artéria provocando diminuição da quantidade de sangue que consegue passar e consequente aumento do esforço do coração para bombear. Este esforço provoca hipertensão arterial sistólica.

A superfície interna da artéria é lisa. Com aterosclerose torna-se irregular, o que constitui um obstáculo à circulação e facilita a formação de coágulos (trombos) no local da placa entupindo total ou parte da artéria impedindo ou diminuindo a passagem do sangue.

Os trombos formados sobre e placa ao se soltarem no cérebro provocam uma embolia ou trombose cerebral, se for no coração provocam um enfarte mas se for num membro (perna) o doente claudica (manca). Se a obstrução da perna for total, o sangue não passa e provoca gangrena. A gravidade e consequência da doença dependem do local onde ocorreu.

Causas
  • Hipertensão - Aumenta os riscos de doença cardíaca e insuficiência cardíaca;
  • Diabetes;
  • Doenças renais crônicas podem aumentar;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Hereditariedade (antecedentes familiares da doença);
  • Altos níveis de colesterol LDL (colesterol ruim), baixos níveis de colesterol HDL (colesterol bom);
  • Idade - O risco de doenças cardíacas aumenta;
  • Sexo - Homens têm um mais risco de desenvolver doenças cardíacas do que mulheres em idade fértil. Após a menopausa, o risco para mulheres é mais próximo ao de homens;
  • Raça. Afro-americanos, mexicanos-americanos, ameríndios, havaianos e alguns asiáticos-americanos também têm mais risco de problemas cardíacos;
  • Pessoas com artérias estreitadas em outras partes do corpo (exemplos são derrame e fluxo precário de sangue para as pernas) têm maior probabilidade de apresentar doença cardíaca;
  • Abuso de substâncias (como cocaína);
  • Estresse.

Diagnóstico
  • Angiografia/arteriografia coronária um exame invasivo que avalia as artérias coronárias em raios X;
  • Angiografia por tomografia computadorizada - uma maneira não invasiva de realizar a angiografia coronária;
  • Ecocardiograma;
  • Eletrocardiograma (ECG);
  • Tomografia computadorizada por feixe de elétrons, para verificar o nível de cálcio no interior das artérias - quanto mais cálcio, maior o risco de DCC;
  • Teste de esforço físico;
  • Tomografia computadorizada do coração;
  • Angiografia por ressonância magnética;
  • Teste de esforço nuclear.

Sintomas

Os sintomas da aterosclerose podem ser bastante evidentes, mas, em alguns casos, você pode ter a doença e não apresentar nenhum sintoma.
Os sintomas dependem do local onde ocorre a diminuição do fluxo sanguíneo e da gravidade da doença.
  • Podem acontecer cãibras musculares de ocorrem alterações nas artérias das pernas;
  • Angina pectoris ou um ataque cardíaco se houver danos nas artérias do coração;
  • Infarto cerebral ou ataques isquêmicos transitórios se houver alteração nas artérias do pescoço;
  • Cãibras abdominais se houver alteração das artérias do abdômen;
  • Dor no peito ou desconforto (angina) é o sintoma mais comum da aterosclerose;
  • Falta de ar;
  • Fadiga;
  • Fraqueza.

Tratamento

O tratamento depende dos seus sintomas e da gravidade da doença.
O tratamento consiste em retirar as placas de gordura que estão presas nas paredes das artérias e curar as lesões que ficam no local.
  • Medicamentosos;
  • Mudança do estilo de Vida;
  • Cateterismo,
  • Angioplastia;
  • Cirúrgico.




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