Arteriosclerose
é o processo degenerativo normal que acompanha o envelhecimento. Para alguns
autores não é uma doença e não está sujeita à acção dos fatores de risco. Deste
processo de envelhecimento resulta um endurecimento e espessamento progressivo
da parede das artérias com diminuição da elasticidade arterial.
Este processo é o responsável pelo aumento
progressivo da pressão arterial sistólica sem aumento da pressão arterial
diastólica. É quase universal na senescência (velhice) e predominantemente no
sexo masculino. Porém, pós a menopausa, o predomínio masculino desaparece.
A doença pode acometer qualquer vaso
sangüíneo, sendo os mais freqüentes: artéria aorta (principal vaso do corpo
humano), artérias coronárias (as que irrigam o coração), artérias cerebrais (as
que irrigam o cérebro) e as artérias periféricas (as que irrigam braços e
pernas).
A arteriosclerose é caracterizada pela falta
de flexibilidade das artérias (veias de grande calibre que levam o sangue do
coração aos órgãos) resultante do espessamento e endurecimento das paredes em
determinadas zonas do corpo. É mais frequente nos homens e idosos.
É classificada patologicamente em 3 tipos:
arteriosclerose calcificante focal (esclerose de Monkberg), a arteriosclerose e
a aterosclerose.
A aterosclerose é a mais frequente, atinge
artérias de grande e médio calibre, desencadeada pela acumulação de gordura,
cálcio e outras substâncias nas paredes internas das artérias. A zona onde há a
acumulação chama-se de placa. Esta reduz o calibre da artéria provocando
diminuição da quantidade de sangue que consegue passar e consequente aumento do
esforço do coração para bombear. Este esforço provoca hipertensão arterial
sistólica.
A superfície interna da artéria é lisa. Com
aterosclerose torna-se irregular, o que constitui um obstáculo à circulação e
facilita a formação de coágulos (trombos) no local da placa entupindo total ou
parte da artéria impedindo ou diminuindo a passagem do sangue.
Os trombos formados sobre e placa ao se
soltarem no cérebro provocam uma embolia ou trombose cerebral, se for no
coração provocam um enfarte mas se for num membro (perna) o doente claudica
(manca). Se a obstrução da perna for total, o sangue não passa e provoca
gangrena. A gravidade e consequência da doença dependem do local onde ocorreu.
Causas
- Hipertensão - Aumenta os riscos de doença cardíaca e insuficiência cardíaca;
- Diabetes;
- Doenças renais crônicas podem aumentar;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Hereditariedade (antecedentes familiares da doença);
- Altos níveis de colesterol LDL (colesterol ruim), baixos níveis de colesterol HDL (colesterol bom);
- Idade - O risco de doenças cardíacas aumenta;
- Sexo - Homens têm um mais risco de desenvolver doenças cardíacas do que mulheres em idade fértil. Após a menopausa, o risco para mulheres é mais próximo ao de homens;
- Raça. Afro-americanos, mexicanos-americanos, ameríndios, havaianos e alguns asiáticos-americanos também têm mais risco de problemas cardíacos;
- Pessoas com artérias estreitadas em outras partes do corpo (exemplos são derrame e fluxo precário de sangue para as pernas) têm maior probabilidade de apresentar doença cardíaca;
- Abuso de substâncias (como cocaína);
- Estresse.
Diagnóstico
- Angiografia/arteriografia coronária um exame invasivo que avalia as artérias coronárias em raios X;
- Angiografia por tomografia computadorizada - uma maneira não invasiva de realizar a angiografia coronária;
- Ecocardiograma;
- Eletrocardiograma (ECG);
- Tomografia computadorizada por feixe de elétrons, para verificar o nível de cálcio no interior das artérias - quanto mais cálcio, maior o risco de DCC;
- Teste de esforço físico;
- Tomografia computadorizada do coração;
- Angiografia por ressonância magnética;
- Teste de esforço nuclear.
Sintomas
Os sintomas da aterosclerose podem ser
bastante evidentes, mas, em alguns casos, você pode ter a doença e não
apresentar nenhum sintoma.
Os sintomas dependem do local onde ocorre a
diminuição do fluxo sanguíneo e da gravidade da doença.
- Podem acontecer cãibras musculares de ocorrem alterações nas artérias das pernas;
- Angina pectoris ou um ataque cardíaco se houver danos nas artérias do coração;
- Infarto cerebral ou ataques isquêmicos transitórios se houver alteração nas artérias do pescoço;
- Cãibras abdominais se houver alteração das artérias do abdômen;
- Dor no peito ou desconforto (angina) é o sintoma mais comum da aterosclerose;
- Falta de ar;
- Fadiga;
- Fraqueza.
Tratamento
O tratamento depende dos seus sintomas e da
gravidade da doença.
O tratamento consiste em retirar as placas de
gordura que estão presas nas paredes das artérias e curar as lesões que ficam
no local.
- Medicamentosos;
- Mudança do estilo de Vida;
- Cateterismo,
- Angioplastia;
- Cirúrgico.
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