21 julho 2018

Adenomiose


Adenomiose é uma patologia uterina caracterizada pela presença de glândulas e estroma endometrial (o revestimento interno do útero) dentro do miométrio (a camada muscular grossa do útero), podendo levar ou não à hipertrofia das fibras musculares uterinas, com aumento do volume do órgão, nunca, porém, tão acentuado como nos casos dos miomas. Entretanto, pacientes com adenomiose frequentemente também têm leiomioma ou endometriose.

A adenomiose ocorre tipicamente em mulheres entre 35 e 50 anos, possivelmente porque nesta faixa etária as mulheres têm excesso de estrógeno. Perto dos 35 anos, as mulheres geralmente cessam a produção de progesterona, que equilibra os efeitos do estrógeno. Após os 50 anos, devido à menopausa, as mulheres não produzem tanto estrógeno.

Etiologia

A causa da adenomiose é desconhecida, embora possa estar associada a algum trauma uterino que possa ter rompido a barreira entre o endométrio e o miométrio, Tais como curetagem, cesáreas e ligadura de trompas.

Tipos

Adenomiose localizada: caracterizada pela presença de glândulas e de tecido endometrial localizados numa determinada região do útero;

Adenomiose difusa: caracterizada por várias glândulas e tecido endometrial espalhados por toda a parede uterina o útero torna-se mais pesado e volumoso.

​A adenomiose pode ainda ser classificada em:

Adenomiose superficial;

Adenomiose intermediária e adenomiose profunda dependendo da região afetada do útero.

Adenomiose e Endometriose.

A adenomiose e endometriose são doenças diferentes apesar de estarem relacionadas entre si. A diferença entre a endometriose e a adenomiose é que a endometriose é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial para fora do útero enquanto que na adenomiose há o crescimento do tecido endometrial por dentro da parede uterina além do desenvolvimento de glândulas nesta mesma região.
Pacientes que sofrem com adenomiose possuem um maior risco de desenvolver doenças como endometriose e leiomioma.

Sintomas
  • Aumento do útero que pode causar inchaço abdominal;
  • Intensa cólica menstrual;
  • Dor durante a relação;
  • Aumento do fluxo menstrual;
  • Prisão de ventre e/ou dor ao evacuar.
  • Entretanto algumas mulheres podem não apresentar os sintomas da doença.


Diagnóstico

Exame físico: Clinicamente a presença de adenomiose uterina leva a um aumento do fluxo menstrual (menorragia) e das cólicas uterinas (dismenorréia), diminuindo assim a qualidade de vida das pacientes.

Exames de imagem: ultrassom transvaginal e a ressonância magnética de pelve.

Tratamento

Medicamentoso:
  • Anticoncepcional com progesterona;
  • Analgésicos: alívio da dor;
  • DIU - Dispositivo Intra Uterino de levonorgestrel;
  • Implantes subcutâneos.

Cirúrgico
  • Retirada apenas do nódulo no caso da adenomiose focal;
  • Histerectomia total: retirada do útero;
  • O tratamento medicamentoso da adenomiose pode diminuir os sintomas da doença, mas a sua cura poderá ser alcançada com a retirada do útero ou com a menopausa.

Prognóstico

Não há aumento de risco de desenvolvimento de câncer. Como a adenomiose é estrógeno-dependente, a menopausa representa a cura natural.






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