24 janeiro 2020

Embolia pulmonar

Embolia pulmonar, também conhecida como tromboembolismo pulmonar (TEP), é o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre quando um trombo venoso (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões.

Essas obstruções são mais comumente causadas por coágulos sanguíneos, também chamados de trombos, originários do sistema venoso profundo ou das veias pélvicas, renais, dos membros superiores ou do coração direito.

Causas

➠Uma embolia pulmonar é mais frequentemente causada pela presença um coágulo de sangue em uma artéria, que bloqueia a passagem de sangue. Esse coágulo é geralmente proveniente de veias perna (principalmente da região da coxa) ou da pélvis (área dos quadris). 

➠Esse tipo de coágulo é chamado também de trombose venosa profunda (TVP). O TVP se solta e se desloca para os pulmões.

➠Causas menos comum incluem bolhas de ar, gotículas de gordura, líquido amniótico, parasitas ou células cancerosas.

Fatores de risco

Existem diversos fatores de risco que podem contribuir para o surgimento da embolia pulmonar.

➜Imobilidade no leito;
➜Repouso prolongado;
➜Anestesia;
➜Insuficiência cardíaca;
➜Trombose venosa prévia;
➜Gravidez;
➜Imobilização de membros por gessos e ataduras;
➜Politraumatismos;
➜Fraturas ósseas;
➜Inflamação;
➜Cirurgias de grande porte;
➜Queimaduras;
➜Enfarte do miocárdio;
➜ICC;
➜Idade acima de 40 anos;
➜AVE;
➜Parto e puerpério.

Sinais e sintomas

A embolia pulmonar desencadeia uma série de sintomas, os quais variam de uma pessoa para outra. Os sinais e sintomas desse problema de saúde dependerão de fatores como o tamanho do trombo, onde ele está alojado e o quadro clínico do paciente. 

Muitas vezes, os sintomas observados no paciente são inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico mais rápido e preciso.
  • Taquicardia - Aumento da frequência cardíaca;
  • Taquipneia - Aumento do ritmo respiratório;
  • Hipotensão - Pressão baixa.
  • Cianose - Coloração azulada da pele e mucosas;
  • Dispneia - Dificuldade para respirar;
  • Hemoptise - Expectoração de sangue vindo dos pulmões;
  • Sincope - Perda temporária de consciência;
  • Dor torácica;
  • Tosse;
  • Febre;
  • Ansiedade;
  • Pele fria e úmida;
  • Dor na perna, vermelhidão e inchaço;
  • Sudorese.
Diagnóstico
  • Raios-X;
  • USG;
  • Tomografia;
  • Ressonância magnética.
  • Angiografia pulmonar.
Tratamento

O pronto-atendimento de embolia pulmonar é essencial para se evitar complicações.

→O tratamento pode ser feito via medicamentosa, como anticoagulantes e trombolíticos, usados para dissolver coágulos sanguíneos.

→Para pacientes que apresentam algum tipo de contraindicação ao uso de anticoagulantes, ou cujo tratamento com anticoagulantes não apresenta efeitos, pode ser necessária a colocação de um filtro de veia cava.
→O procedimento nada mais é do que um dispositivo de metal que facilita a circulação sanguínea no local onde o coágulo está localizado.

→Nos casos mais graves o tratamento é cirúrgico.

Complicações

Hipertensão pulmonar - Ocorre quando a pressão arterial nos pulmões e no lado direito do coração é mais elevada do que o normal.

Isso ocorre porque, por conta da presença das obstruções nas artérias pulmonares, o coração é obrigado a trabalhar mais para empurrar sangue por dentro dos vasos.

Como consequência, há o aumento da pressão arterial dentro desses vasos e do coração. Isso pode levar a um desgaste desses órgãos e aumentar o risco para outras doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto e AVC.

Trombose crônica - Durante os processos de dissolução dos coágulos sanguíneos, é possível que o corpo fique com sequelas no interior das veias, com o funcionamento das válvulas comprometido.
Por conta dessas alterações valvulares, o retorno de sangue fica prejudicado e pode levar ao aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele e até feridas.

Morte - Caso a doença não seja diagnosticada a tempo ou não seja tratada corretamente, o quadro sintomático do paciente pode piorar drasticamente.
A dificuldade em respirar pode dificultar a oxigenação de diversos órgãos, incluindo o coração, o que pode levar a uma parada cardíaca fatal.


Doenças diarreicas agudas (DDA)

As doenças diarreicas agudas (DDA) correspondem a um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais. São caracterizadas por uma síndrome em que há ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda em 24 horas, ou seja, diminuição da consistência das fezes e aumento do número de evacuações, quadro que pode ser acompanhado de náusea, vômito, febre e dor abdominal. Em geral, são doenças autolimitadas com duração de até 14 dias. Em alguns casos, há presença de muco e sangue, quadro conhecido como disenteria. A depender do agente causador da doença e de características individuais dos pacientes, as DDA podem evoluir clinicamente para quadros de desidratação que variam de leve a grave.

A diarreia pode ser de origem não infecciosa podendo ser causada por medicamentos, como antibióticos, laxantes e quimioterápicos utilizados para tratamento de câncer, ingestão de grandes quantidades de adoçantes, gorduras não absorvidas, e até uso de bebidas alcoólicas, por exemplo. Além disso, algumas doenças não infecciosas também podem desencadear diarreia, como a doença de Chron, as colites ulcerosas, a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável e intolerâncias alimentares como à lactose e ao glúten.

IMPORTANTE: Se tratadas incorretamente ou não tratadas, as doenças diarreicas agudas podem levar à desidratação grave e ao distúrbio hidroeletrolítico, podendo ocorrer óbito, principalmente quando associadas à desnutrição ou à imunodepressão.

Etiologia

As doenças diarreicas agudas (DDA) podem ser causadas por diferentes microrganismos infecciosos (bactérias, vírus e outros parasitas, como os protozoários) que geram a gastroenterite – inflamação do trato gastrointestinal – que afeta o estômago e o intestino.
➪Consumo de água e alimentos contaminados,
➪Contato com objetos contaminados e também pode ocorrer pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas, e contato de pessoas com animais.

Fatores de Riscos

Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e gênero, pode manifestar sinais e sintomas das doenças diarreicas agudas após a contaminação. No entanto, alguns comportamentos podem colocar as pessoas em risco e facilitar a contaminação como:

→Ingestão de água sem tratamento adequado;

→Consumo de alimentos sem conhecimento da procedência, do preparo e armazenamento;

→Consumo de leite in natura (sem ferver ou pasteurizar) e derivados;

→Consumo de produtos cárneos e pescados e mariscos crus ou malcozidos;

→Consumo de frutas e hortaliças sem higienização adequada;

→Viagem a locais em que as condições de saneamento e de higiene sejam precárias;

→Falta de higiene pessoal.

ATENÇÃO ESPECIAL: Crianças e idosos com DDA correm risco de desidratação grave. Nestes casos, a procura ao serviço de saúde deve ser realizada em caráter de urgência.

Sinais e sintomas

Ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda no período de 24hrs (diminuição da consistência das fezes – fezes líquidas ou amolecidas – e aumento do número de evacuações) podendo ser acompanhados de:
  • Cólicas abdominais.
  • Dor abdominal.
  • Febre.
  • Sangue ou muco nas fezes.
  • Náusea.
  • Vômitos.

Diagnostico

O diagnóstico das causas etiológicas, ou seja, dos microrganismos causadores da DDA é realizado apenas por exame laboratorial por meio de exames parasitológicos de fezes, cultura de bactérias (coprocultura) e pesquisa de vírus.

O diagnóstico laboratorial é importante para determinar o perfil de agentes etiológicos circulantes em determinado local e, na vigência de surtos, para orientar as medidas de controle. Em casos de surto, solicitar orientação da equipe de vigilância epidemiológica do município para coleta de amostras.

IMPORTANTE: As fezes devem ser coletadas antes da administração de antibióticos e outros medicamentos ao paciente. Recomenda-se a coleta de 2 a 3 amostras de fezes por paciente.

O diagnóstico etiológico das Doenças Diarreicas Agudas nem sempre é possível, uma vez que há uma grande dificuldade para a realização das coletas de fezes, o que se deve, entre outras questões, à baixa solicitação de coleta de amostras pelos profissionais de saúde e à reduzida aceitação e coleta pelos pacientes.

Desse modo, é importante que o indivíduo doente seja bem esclarecido quanto à relevância da coleta de fezes, especialmente na ocorrência de surtos, casos com desidratação grave, casos que apresentam fezes com sangue e casos suspeitos de cólera a fim de possibilitar a identificação do microrganismo que causou diarreia. Essa informação será útil para prevenir a transmissão da doença para outras pessoas.

A coleta de fezes para análise laboratorial é de grande importância para a identificação de agentes circulantes e, especialmente em caso de surtos, para se identificar o agente causador do surto, bem como a fonte da contaminação.

Tratamento

O tratamento das doenças diarreicas agudas se fundamenta na prevenção e na rápida correção da desidratação por meio da ingestão de líquidos e solução de sais de reidratação oral (SRO) ou fluidos endovenosos, dependendo do estado de hidratação e da gravidade do caso. Por isso, apenas após a avaliação clínica do paciente, o tratamento adequado deve ser estabelecido, conforme os planos A, B e C descritos abaixo.

Para indicar o tratamento é imprescindível a avaliação clínica do paciente e do seu estado de hidratação. A abordagem clínica constitui a coleta de dados importantes na anamnese, como: início dos sinais e sintomas, número de evacuações, presença de muco ou sangue nas fezes, febre, náuseas e vômitos; presença de doenças crônicas; verificação se há parentes ou conhecidos que também adoeceram com os mesmos sinais/sintomas.

O exame físico, com enfoque na avaliação do estado de hidratação, é importante para avaliar a presença de desidratação e a instituição do tratamento adequado, além disso, o paciente deve ser pesado, sempre que possível.

Se não houver dificuldade de deglutição e o paciente estiver consciente, a alimentação habitual deve ser mantida e deve-se aumentar a ingestão de líquidos, especialmente de água.

Plano A

O plano A consiste em cinco etapas direcionadas ao paciente hidratado para realizar no domicílio:

⇨Aumento da ingestão de água e outros líquidos incluindo solução de SRO principalmente após cada episódio de diarreia, pois dessa forma evita-se a desidratação;

⇨Manutenção da alimentação habitual; continuidade do aleitamento materno;

⇨Retorno do paciente ao serviço, caso não melhore em 2 dias ou apresente piora da diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue nas fezes ou diminuição da diurese;

⇨Orientação do paciente/responsável/acompanhante para reconhecer os sinais de desidratação; preparar adequadamente e administrar a solução de SRO e praticar ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos);

⇨Administração de Zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias.

Plano B

O Plano B consiste em três etapas direcionadas ao paciente com desidratação, porém sem gravidade, com capacidade de ingerir líquidos, que deve ser tratado com SRO na Unidade de Saúde, onde deve permanecer até a reidratação completa.

➠Ingestão de solução de SRO, inicialmente em pequenos volumes e aumento da oferta e da frequência aos poucos. A quantidade a ser ingerida dependerá da sede do paciente, mas deve ser administrada continuamente até que desapareçam os sinais da desidratação;

➠Reavaliação do paciente constantemente, pois o Plano B termina quando desaparecem os sinais de desidratação, a partir de quando se deve adotar ou retornar ao Plano A;

➠Orientação do paciente/responsável/acompanhante para reconhecer os sinais de desidratação; preparar adequadamente e administrar a solução de SRO e praticar ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos);

Plano C

O Plano C consiste em duas fases de reidratação endovenosa destinada ao paciente com desidratação grave. Nessa situação o paciente deverá ser transferido o mais rapidamente possível. Os primeiros cuidados na unidade de saúde são importantíssimos e já devem ser efetuados à medida que o paciente seja encaminhado ao serviço hospitalar de saúde.

➪Realizar reidratação endovenosa no serviço saúde (fases rápida e de manutenção);

➪O paciente deve ser reavaliado após duas horas, se persistirem os sinais de choque, repetir a prescrição; caso contrário, iniciar balanço hídrico com as mesmas soluções preconizadas;

➪Administrar por via oral a solução de SRO em doses pequenas e frequentes, tão logo o paciente aceite. Isso acelera a sua recuperação e reduz drasticamente o risco de complicações.

➪Suspender a hidratação endovenosa quando o paciente estiver hidratado, com boa tolerância à solução de SRO e sem vômitos.

OBSERVAÇÃO: O Tratamento com antibiótico deve ser reservado apenas para os casos de DDA com sangue ou muco nas fezes (disenteria) e comprometimento do estado geral ou em caso de cólera com desidratação grave, sempre com acompanhamento médico.

Complicações

A principal complicação é a desidratação, que se não for corrigida rápida e adequadamente, em grande parte dos casos, especialmente em crianças e idosos, pode causar complicações mais graves.

O paciente com diarreia deve estar atento e voltar imediatamente ao serviço de saúde se não melhorar ou se apresentar qualquer um dos sinais e sintomas:
  • Piora da diarreia;
  • Vômitos repetidos;
  • Muita sede;
  • Recusa de alimentos;
  • Sangue nas fezes;
  • Diminuição da urina.


Transmissão

A transmissão das doenças diarreicas agudas pode ocorrer pelas vias oral ou fecal-oral.

Transmissão indireta - Pelo consumo de água e alimentos contaminados e contato com objetos contaminados, como por exemplo, utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, equipamentos hospitalares.

Transmissão direta - Pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas e contato de pessoas com animais.

Os manipuladores de alimentos e os insetos podem contaminar, principalmente, os alimentos, utensílios e objetos capazes de absorver, reter e transportar organismos contagiantes e infecciosos. Locais de uso coletivo, como escolas, creches, hospitais e penitenciárias apresentam maior risco de transmissão das doenças diarreicas agudas.

O período de incubação, ou seja, tempo para que os sintomas comecem a aparecer a partir do momento da contaminação/infecção, e o período de transmissibilidade das DDA são específicos para cada agente etiológico.

Prevenção

As intervenções para prevenir a diarreia incluem ações institucionais de saneamento e de saúde, além de ações individuais que devem ser adotadas pela população:

👉Lave sempre as mãos com sabão e água limpa principalmente antes de preparar ou ingerir alimentos, após ir ao banheiro, após utilizar transporte público ou tocar superfícies que possam estar sujas, após tocar em animais, sempre que voltar da rua, antes e depois de amamentar e trocar fraldas.

👉Lave e desinfete as superfícies, os utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos.

👉Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados).

👉Trate a água para consumo (após filtrar, ferver ou colocar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água, aguardar por 30 minutos antes de usar).

👉Guarde a água tratada em vasilhas limpas e com tampa, sendo a “boca” estreita para evitar a recontaminação;

👉Não utilize água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para banhar ou beber.

👉Evite o consumo de alimentos crus ou malcozidos (principalmente carnes, pescados e mariscos) e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam precárias.

👉Ensaque e mantenha a tampa do lixo sempre fechada; quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado em local apropriado.

👉Use sempre o vaso sanitário, mas se isso não for possível, enterre as fezes sempre longe dos cursos de água;

👉Evite o desmame precoce. Manter o aleitamento materno aumenta a resistência das crianças contra as diarreias.

Fonte



 



Trombose

A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. 
O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.

A trombose ocorre, geralmente, após cirurgia, corte ou falta de movimento por muito tempo, sendo mais frequente após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. Apesar de ser um problema que geralmente afeta mais mulheres, homens também podem ter trombose. Em números, quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior nas mulheres pela maior exposição a fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações.

IMPORTANTE: A trombose, se não tratada corretamente, pode evoluir para algumas complicações, como a embolia, e provocar, inclusive a morte. Por isso, assim que surgirem os primeiros sintomas, procure imediatamente um médico.

Tipos

A trombose pode ser classificada de duas formas:
  • Aguda;
  • Crônica.

A trombose aguda, na maioria das vezes, é solucionada naturalmente. O próprio corpo utiliza de mecanismos para dissolver os coágulos que provocam o entupimento das veias, sem deixar sequelas e sem evoluir para quadros mais graves.

Já a trombose crônica ocorre quando, durante o processo de dissolução do coágulo natural, ficam sequelas no interior das veias, destruindo a estrutura das válvulas. Por conta dessas alterações nas válvulas, o retorno do sangue fica prejudicado e leva ao aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele, além de feridas e outras complicações.

Formas da trombose

A trombose também pode se manifestar de diferentes formas:

➨Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose, é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias localizadas da parte inferior do corpo, geralmente nas pernas. É a forma mais comum da trombose.

➨Trombose arterial. Além da Trombose Venosa Profunda, existem também trombos que se formam nas artérias, bloqueando-as totalmente. Quando existe uma obstrução total das artérias do cérebro, por exemplo, ocorre o que é conhecido como Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nesses casos, a região a que o sangue não chega sofre um infarto cerebral e morre.

➨Trombose hemorroidaria. Quando uma hemorroida tem a formação aguda de trombos, chamamos isso de uma trombose hemorroidaria. Esse quadro implica no desenvolvimento de um nódulo com edema e de coloração arroxeada na margem anal. É frequentemente acompanhado de dor severa.

IMPORTANTE: Existe diferença entre trombose e tromboflebite. A tromboflebite consiste na inflamação deste coágulo formado quando há uma trombose e tem sintomas como calor na região, vermelhidão e varizes ou veias dilatadas.

Causas

A trombose possui várias causas e fatores de risco. A maior parte delas são evitáveis, então procure sempre um médico e faça exames regularmente, além de manter um estilo de vida saudável.

As principais causas da trombose são:
  • Uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal;
  • Tabagismo;
  • Ficar sentado ou deitado muito tempo;
  • Hereditariedade;
  • Gravidez;
  • Presença de varizes;
  • Idade avançada;
  • Pacientes com insuficiência cardíaca;
  • Tumores malignos;
  • Obesidade;
  • Distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos;
  • História prévia de trombose venosa.


IMPORTANTE: Grávidas e pessoas com imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas) também são estão mais suscetíveis à trombose.

Sintomas

A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando presentes, os principais sintomas são nessa forma da doença são:
  • Dor;
  • Calor;
  • Vermelhidão;
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são os principais grupos de risco. A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço.

Às vezes coágulos podem se soltar, viajando pelo sangue até ‘encalhar’ no pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar. Essa condição, que provoca uma súbita falta de ar, pode ser bastante grave e exige atendimento imediato.

Sinais claros podem indicar o desenvolvimento de coágulos sanguíneos (trombose):

➪Uma dor diferente da dor da cirurgia;
➪Vermelhidão ao longo da perna (que aparece de repente ou inchaço que está piorando);
➪Inchaço na perna (que apareceu de repente ou inchaço que está piorando);
➪Aumento da temperatura (calor) da perna que está doendo
➪Respiração curta e rápida e palpitações, podendo acontecer algum desmaio;
➪Tosse com sangue;
➪Dor no peito ou nas costas (que não é comum).

Diagnóstico

Exame clínico, com base nos sintomas que cada paciente apresentar. Para confirmar, podem ser solicitados alguns exames, como:
  • Ultrassonografia.
  • Exame de sangue.
  • Venografia.
  • Eco Color Doppler (Ultrassom Vascular).
  • Tomografia e ressonância magnética.

Tratamento

Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da trombose deve começar imediatamente.

O tratamento tem três objetivos:

👉Impedir o crescimento do coágulo sanguíneo;

👉Impedir que o coágulo sanguíneo avance para outras regiões do corpo e, assim, evitar possíveis complicações;

👉Reduzir as chances de recorrência da trombose.

Durante o tratamento, existem medicamentos e outras formas de complementar o tratamento, conforme indicação médica de acordo com cada caso. Entre as opções estão:

➠Diluidores do sangue, como anticoagulantes, que diminuem as chances de haver coagulação do sangue;

➠Uso de medicamentos para casos mais graves de tromboses e também de embolia pulmonar, conhecidos como heparina;

➠Inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões;

➠Meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose.

Complicações

A trombose, dependendo do caso e se não for tratada correta e imediatamente, pode evoluir para algumas complicações. Dependendo do segmento de veia acometido, a trombose pode ser mais ou menos grave. Quando o coágulo obstrui uma pequena veia da perna, causa um transtorno localizado naquela região. Quanto mais
Próximo do coração, ou maior a veia, maior será a gravidade da trombose, assim como a possibilidade de matar.

As principais complicações da trombose são:

⇒Insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-trombótica;

⇒Inchaço crônico da perna afetada e/ou dor acompanhado de varizes;

⇒Mudanças na pele, que pode se tornar mais escura e seca;

⇒Eczema, coceira muito forte que pode levar a uma ferida de difícil cicatrização;

⇒Embolia pulmonar (EP). Essa última apresenta alto índice de mortalidade;

⇒Embolia pulmonar e trombose.

A maior e principal complicação decorrente de trombose é a embolia pulmonar – quando um vaso sanguíneo do pulmão é obstruído por coágulo de sangue, oriundo de outras partes do corpo, especialmente das pernas. A embolia pulmonar pode ser fatal.

IMPORTANTE: Aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da trombose venosa profunda podem morrer de embolia pulmonar. Os dois quadros podem ocorrer em 2 a cada mil indivíduos por ano.

Prevenção

Pequenos cuidados podem prevenir a trombose tanto pós-cirurgia como no cotidiano. Por isso, é fundamental manter-se em movimento, se possível, fazer atividades físicas rotineiramente. Além de ingerir bastante líquido.

As principais formas de prevenir a trombose são:

Praticar exercícios físicos regularmente;
Evitar o consumo de álcool e tabagismo;
Manter uma dieta equilibrada são as principais maneiras de prevenir a trombose.

Caso você tenha que fazer algum tratamento ou tomar algum medicamento, como prevenção de trombose, não fique com dúvidas e pergunte sempre.

Algumas atitudes também ajudam a diminuir o risco de se desenvolver uma trombose:
  • Evitar o aumento do peso corporal;
  • Usar meias elásticas no caso de insuficiência venosa, sempre com orientação médica;
  • Movimentar-se ao máximo no dia, respeitando as limitações orientadas pela equipe de saúde;
  • Realizar exercícios recomendados pela equipe de saúde;
  • Parar de fumar;
  • Ingerir líquidos.


Fonte:


22 janeiro 2020

Asma

Sinônimos: Asma brônquica, bronquite asmática.
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias nasais que ataca o sistema respiratório, que resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar.

Fisiopatologia

Sua fisiopatologia está relacionada a interação entre fatores genéticos e ambientais que se manifestam como crises de falta de ar devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com consequente diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo).

Classificação

De acordo com os padrões das crises e testes, a asma pode ser classificada em:
  • Asma intermitente;
  • Asma persistente leve;
  • Asma persistente moderada;
  • Asma persistente grave.

Asma Intermitente

➠Sintomas menos de uma vez por semana;
➠Crises de curta duração (leves);
➠Sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês);
➠Provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Leve

➖Presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia;
➖Presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana;
➖Provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Moderada

👉Sintomas diários;
👉As crises podem afetar as atividades diárias e o sono;
👉Presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana;
👉Provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e < 80% do esperado.

Asma Persistente Grave

➠Sintomas diários;
➠Crises frequentes;
➠Sintomas noturnos frequentes;
➠Provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) > 60% do esperado.

Sinais e Sintomas

Os sintomas aparecem de forma cíclica com períodos de piora. Dentre os principais sinais e sintomas estão:

⨠Tosse com ou não expectoração (catarro);
⨠Dispnéia;
⨠Retrações intercostais;
⨠Falta de ar com dor;
⨠Sibilância;
⨠Pulsação rápida;
⨠Ansiedade grave devido à deficiência respiratória;
⨠Sudorese.

Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.

Tratamento
  • O tratamento é medicamentoso;
  • Uso de broncodilatadores;
  • Antiinflamatórios;
  • Fisioterápico;
  • Os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação.
Prevenção

◾Fazer uso de corticosteróides, os beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos;
◾Ter um bom controle ambiental;
◾evitar exposição aos catalisadores da crise asmática.

Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários.