24 janeiro 2020

Trombose

A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. 
O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.

A trombose ocorre, geralmente, após cirurgia, corte ou falta de movimento por muito tempo, sendo mais frequente após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. Apesar de ser um problema que geralmente afeta mais mulheres, homens também podem ter trombose. Em números, quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior nas mulheres pela maior exposição a fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações.

IMPORTANTE: A trombose, se não tratada corretamente, pode evoluir para algumas complicações, como a embolia, e provocar, inclusive a morte. Por isso, assim que surgirem os primeiros sintomas, procure imediatamente um médico.

Tipos

A trombose pode ser classificada de duas formas:
  • Aguda;
  • Crônica.

A trombose aguda, na maioria das vezes, é solucionada naturalmente. O próprio corpo utiliza de mecanismos para dissolver os coágulos que provocam o entupimento das veias, sem deixar sequelas e sem evoluir para quadros mais graves.

Já a trombose crônica ocorre quando, durante o processo de dissolução do coágulo natural, ficam sequelas no interior das veias, destruindo a estrutura das válvulas. Por conta dessas alterações nas válvulas, o retorno do sangue fica prejudicado e leva ao aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele, além de feridas e outras complicações.

Formas da trombose

A trombose também pode se manifestar de diferentes formas:

➨Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose, é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias localizadas da parte inferior do corpo, geralmente nas pernas. É a forma mais comum da trombose.

➨Trombose arterial. Além da Trombose Venosa Profunda, existem também trombos que se formam nas artérias, bloqueando-as totalmente. Quando existe uma obstrução total das artérias do cérebro, por exemplo, ocorre o que é conhecido como Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nesses casos, a região a que o sangue não chega sofre um infarto cerebral e morre.

➨Trombose hemorroidaria. Quando uma hemorroida tem a formação aguda de trombos, chamamos isso de uma trombose hemorroidaria. Esse quadro implica no desenvolvimento de um nódulo com edema e de coloração arroxeada na margem anal. É frequentemente acompanhado de dor severa.

IMPORTANTE: Existe diferença entre trombose e tromboflebite. A tromboflebite consiste na inflamação deste coágulo formado quando há uma trombose e tem sintomas como calor na região, vermelhidão e varizes ou veias dilatadas.

Causas

A trombose possui várias causas e fatores de risco. A maior parte delas são evitáveis, então procure sempre um médico e faça exames regularmente, além de manter um estilo de vida saudável.

As principais causas da trombose são:
  • Uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal;
  • Tabagismo;
  • Ficar sentado ou deitado muito tempo;
  • Hereditariedade;
  • Gravidez;
  • Presença de varizes;
  • Idade avançada;
  • Pacientes com insuficiência cardíaca;
  • Tumores malignos;
  • Obesidade;
  • Distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos;
  • História prévia de trombose venosa.


IMPORTANTE: Grávidas e pessoas com imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas) também são estão mais suscetíveis à trombose.

Sintomas

A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando presentes, os principais sintomas são nessa forma da doença são:
  • Dor;
  • Calor;
  • Vermelhidão;
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são os principais grupos de risco. A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço.

Às vezes coágulos podem se soltar, viajando pelo sangue até ‘encalhar’ no pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar. Essa condição, que provoca uma súbita falta de ar, pode ser bastante grave e exige atendimento imediato.

Sinais claros podem indicar o desenvolvimento de coágulos sanguíneos (trombose):

➪Uma dor diferente da dor da cirurgia;
➪Vermelhidão ao longo da perna (que aparece de repente ou inchaço que está piorando);
➪Inchaço na perna (que apareceu de repente ou inchaço que está piorando);
➪Aumento da temperatura (calor) da perna que está doendo
➪Respiração curta e rápida e palpitações, podendo acontecer algum desmaio;
➪Tosse com sangue;
➪Dor no peito ou nas costas (que não é comum).

Diagnóstico

Exame clínico, com base nos sintomas que cada paciente apresentar. Para confirmar, podem ser solicitados alguns exames, como:
  • Ultrassonografia.
  • Exame de sangue.
  • Venografia.
  • Eco Color Doppler (Ultrassom Vascular).
  • Tomografia e ressonância magnética.

Tratamento

Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da trombose deve começar imediatamente.

O tratamento tem três objetivos:

👉Impedir o crescimento do coágulo sanguíneo;

👉Impedir que o coágulo sanguíneo avance para outras regiões do corpo e, assim, evitar possíveis complicações;

👉Reduzir as chances de recorrência da trombose.

Durante o tratamento, existem medicamentos e outras formas de complementar o tratamento, conforme indicação médica de acordo com cada caso. Entre as opções estão:

➠Diluidores do sangue, como anticoagulantes, que diminuem as chances de haver coagulação do sangue;

➠Uso de medicamentos para casos mais graves de tromboses e também de embolia pulmonar, conhecidos como heparina;

➠Inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões;

➠Meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose.

Complicações

A trombose, dependendo do caso e se não for tratada correta e imediatamente, pode evoluir para algumas complicações. Dependendo do segmento de veia acometido, a trombose pode ser mais ou menos grave. Quando o coágulo obstrui uma pequena veia da perna, causa um transtorno localizado naquela região. Quanto mais
Próximo do coração, ou maior a veia, maior será a gravidade da trombose, assim como a possibilidade de matar.

As principais complicações da trombose são:

⇒Insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-trombótica;

⇒Inchaço crônico da perna afetada e/ou dor acompanhado de varizes;

⇒Mudanças na pele, que pode se tornar mais escura e seca;

⇒Eczema, coceira muito forte que pode levar a uma ferida de difícil cicatrização;

⇒Embolia pulmonar (EP). Essa última apresenta alto índice de mortalidade;

⇒Embolia pulmonar e trombose.

A maior e principal complicação decorrente de trombose é a embolia pulmonar – quando um vaso sanguíneo do pulmão é obstruído por coágulo de sangue, oriundo de outras partes do corpo, especialmente das pernas. A embolia pulmonar pode ser fatal.

IMPORTANTE: Aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da trombose venosa profunda podem morrer de embolia pulmonar. Os dois quadros podem ocorrer em 2 a cada mil indivíduos por ano.

Prevenção

Pequenos cuidados podem prevenir a trombose tanto pós-cirurgia como no cotidiano. Por isso, é fundamental manter-se em movimento, se possível, fazer atividades físicas rotineiramente. Além de ingerir bastante líquido.

As principais formas de prevenir a trombose são:

Praticar exercícios físicos regularmente;
Evitar o consumo de álcool e tabagismo;
Manter uma dieta equilibrada são as principais maneiras de prevenir a trombose.

Caso você tenha que fazer algum tratamento ou tomar algum medicamento, como prevenção de trombose, não fique com dúvidas e pergunte sempre.

Algumas atitudes também ajudam a diminuir o risco de se desenvolver uma trombose:
  • Evitar o aumento do peso corporal;
  • Usar meias elásticas no caso de insuficiência venosa, sempre com orientação médica;
  • Movimentar-se ao máximo no dia, respeitando as limitações orientadas pela equipe de saúde;
  • Realizar exercícios recomendados pela equipe de saúde;
  • Parar de fumar;
  • Ingerir líquidos.


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