05 setembro 2012

Cesariana: MS alerta sobre os riscos da cirurgia.

Para secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magahães, o procedimento favoreceria infecções e hemorragias, além de aumentar as chances de o bebê ter complicações respiratórias ao nascer.  

A chegada do bebê é o momento mais aguardado na vida da gestante, mas nem sempre os médicos esclarecem quais são as melhores opções para garantir um parto seguro. Grande parte deles recomenda a cesariana, porque é rápida, pratica e sem dor.  No entanto, o Ministério da Saúde adverte que a cesariana favorece infecções e hemorragias, além de aumentar as chances de o bebê ter complicações respiratórias ao nascer.

Para o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde Helvécio Magahães, o incentivo a cesariana no Brasil é exagerado, principalmente na rede particular de saúde. Ele acredita que o país precisa de uma mobilização nacional para reverter esse quadro:

"É muito importante que esse assunto seja debatido no âmbito das comissões materno infantis, das comissões de investigação de óbito, das comissões perinatais que nós estamos estimulando que cada município, cada estado tenha, para debater com os conselhos, com a sociedade civil, com o movimento de mulheres. Porque isso não é adequado e não é tecnicamente também adequado, além, de ser um direito da mulher poder escolher livremente a melhor opção para o seu parto", afirmou Helvécio Magahães.

O secretário explicou que a cesariana deve ser feita somente quando o parto normal ameaça a vida da mãe e do bebê.  Fora isso, o parto normal sempre será a melhor opção.

"A regra é parto natural, com todos os direitos. Com calma, bem tratado, com acompanhante, com analgesia, esse é um ponto importante: às vezes as mulheres confundem, cesariana sem dor, parto natural sempre com dor, não. O SUS também oferta também analgesia no parto", garantiu o secretário.

A média nacional de mulheres que têm filho por cesariana é de 39 por cento, mas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste o índice passa de 40 por cento. O programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde conta com um orçamento de mais de nove bilhões de reais até 2014 para oferecer atenção total à gestante e ao bebê.


Fonte: Agência Saúde



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