Para secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magahães, o
procedimento favoreceria infecções e hemorragias, além de aumentar as chances
de o bebê ter complicações respiratórias ao nascer.
A chegada do bebê é o
momento mais aguardado na vida da gestante, mas nem sempre os médicos
esclarecem quais são as melhores opções para garantir um parto seguro. Grande
parte deles recomenda a cesariana, porque é rápida, pratica e sem dor. No
entanto, o Ministério da Saúde adverte que a cesariana favorece infecções e
hemorragias, além de aumentar as chances de o bebê ter complicações
respiratórias ao nascer.
Para o secretário de
Atenção à Saúde do Ministério da Saúde Helvécio Magahães, o incentivo a
cesariana no Brasil é exagerado, principalmente na rede particular de saúde.
Ele acredita que o país precisa de uma mobilização nacional para reverter esse
quadro:
"É muito
importante que esse assunto seja debatido no âmbito das comissões materno
infantis, das comissões de investigação de óbito, das comissões perinatais que
nós estamos estimulando que cada município, cada estado tenha, para debater com
os conselhos, com a sociedade civil, com o movimento de mulheres. Porque isso
não é adequado e não é tecnicamente também adequado, além, de ser um direito da
mulher poder escolher livremente a melhor opção para o seu parto", afirmou
Helvécio Magahães.
O secretário explicou
que a cesariana deve ser feita somente quando o parto normal ameaça a vida da
mãe e do bebê. Fora isso, o parto normal sempre será a melhor opção.
"A regra é parto
natural, com todos os direitos. Com calma, bem tratado, com acompanhante, com
analgesia, esse é um ponto importante: às vezes as mulheres confundem,
cesariana sem dor, parto natural sempre com dor, não. O SUS também oferta
também analgesia no parto", garantiu o secretário.
A média nacional de
mulheres que têm filho por cesariana é de 39 por cento, mas no Sul, Sudeste e
Centro-Oeste o índice passa de 40 por cento. O programa Rede Cegonha do
Ministério da Saúde conta com um orçamento de mais de nove bilhões de reais até
2014 para oferecer atenção total à gestante e ao bebê.
Fonte:
Agência Saúde
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