O termo câncer ovariano refere-se a neoplasias (tumores malignos) com origem no ovário estrutura responsável pela produção dos óvulos nas mulheres.
Acontece com maior frequência a partir da
oitava década de vida, sendo relativamente raro em idades mais precoces.
Causas:
O câncer de ovário é o quinto tipo de câncer
mais comum entre as mulheres e causa mais mortes que qualquer outro tipo de
câncer nos órgãos reprodutores femininos.
A causa é desconhecida.
Fatores
de risco:
→Histórico familiar prévio da doença;
→Nuliparidade (ausência de gestações prévias);
→Menarca precoce;
→Menopausa tardia e idade avançada;
→Mulheres com um histórico pessoal de câncer
de mama ou histórico familiar de câncer de mama ou de ovário apresentam um
risco maior de contrair câncer de ovário;
→Mulheres portadoras de mutações nos genes
BRCA1 e BRCA2, cuja chance de desenvolver câncer pode chegar a mais de 50%,
sendo por isso recomendada a retirada dos ovários e as tubas uterinas quando
tiverem idades entre 35 e 40 anos;
→Mulheres que fazem somente reposição de
estrogênio (sem progesterona) por cinco anos ou mais parecem ter mais risco de desenvolver
câncer de ovário. No entanto, as pílulas anticoncepcionais diminuem o risco de
câncer de ovário.
Estudos sugerem que os medicamentos para
fertilidade não aumentam o risco de câncer de ovário.
Exames:
Um exame físico pode revelar um abdômen
inchado e líquido na cavidade abdominal (ascite). Um exame pélvico pode revelar
uma massa no abdômen ou em um dos ovários.
O exame de sangue CA-125 não é considerado um
bom teste de triagem do câncer de ovário. Entretanto, ele pode ser feito se a
mulher:
Tiver sintomas de câncer de ovário;
Já tiver sido diagnosticada com câncer de
ovário, para determinar o funcionamento do tratamento.
Outros testes que podem ser realizados
incluem:
- Contagem de células sanguínea completa e química sanguínea
- Teste de gravidez (HCG soro)
- Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da pelve e do abdome
- Ultrassom da pelve;
- Nenhum exame de laboratório ou de imagem demonstrou até hoje ser capaz de diagnosticar o câncer de ovário nos seus estágios iniciais.
Normalmente, os sintomas do câncer de ovário
são muito vagos. As mulheres e seus médicos frequentemente colocam a culpa dos
sintomas em outras doenças mais comuns. Quando o câncer é finalmente
diagnosticado, o tumor muitas vezes já se espalhou para outros órgãos.
Procure seu médico se apresentar os sintomas
a seguir diariamente por mais de algumas semanas:
- Inchaço;
- Dificuldade para comer ou sentir-se satisfeita rapidamente;
- Dor pélvica ou abdominal.
Outros sintomas também acompanham o câncer de
ovário. Entretanto, esses sintomas também são comuns em mulheres que não têm
câncer:
- Ciclos menstruais anormais;
- Constipação;
- Aumento de gases;
- Indigestão;
- Falta de apetite;
- Náusea e vômitos;
- Sensação de peso na pélvis;
- Abdômen ou barriga inchada;
- Dor nas costas inexplicável, que piora com o tempo;.
- Sangramento vaginal;
- Desconforto vago no baixo abdome;
- Ganho ou perda de peso;
- Aumento excessivo de pelos;
- Aumento na frequência ou urgência urinária.
Marque uma consulta com seu médico se você
estiver com mais de 40 anos e não tiver feito um exame pélvico recentemente. Os
exames pélvicos de rotina são recomendados para todas as mulheres com mais de
20 anos.
Tratamento:
Uma cirurgia, como a laparoscopia pélvica ou
a laparotomia exploradora, pode ser realizada a fim de avaliar os sintomas e
fazer uma biópsia para ajudar a chegar ao diagnóstico.
Nenhum exame de laboratório ou de imagem
demonstrou até hoje ser capaz de diagnosticar o câncer de ovário nos seus
estágios iniciais.
A cirurgia é usada para tratar todos os
estágios do câncer de ovário. Nos estágios iniciais, ela talvez seja o único
tratamento possível. A cirurgia envolve:
⇒Remoção do útero (histerectomia total);
⇒Remoção dos ovários e trompas de Falópio
(salpingo-ooforectomia bilateral);
⇒Remoção parcial ou completa do omento, camada
de gordura que cobre e protege os órgãos no abdômen;
⇒Exame, biopsia ou remoção dos linfonodos e de
outros tecidos da pélvis e do abdome;
→A cirurgia feita por um especialista em
câncer do aparelho reprodutivo feminino tem o maior índice de sucesso.
→A quimioterapia é usada após a cirurgia para
tratar de qualquer resíduo da doença. Ela também pode ser usada se o câncer
reincidir. A administração da quimioterapia pode ser feita nas veias ou,
algumas vezes, diretamente na cavidade abdominal (intraperitoneal).
→A radioterapia é raramente usada em casos de
câncer de ovário nos Estados Unidos.
Após a cirurgia e a quimioterapia, as
pacientes devem fazer:
➡Um exame físico (incluindo exame pélvico) a
cada dois a quatro meses nos primeiros dois anos, depois a cada seis meses
durante três anos e depois anualmente;
➡Um exame de sangue CA 125 a cada consulta
médica se o nível inicial estava alto;
➡Uma tomografia computadorizada do tórax,
abdome e região pélvica e uma radiografia do tórax, caso solicitadas pelo
médico.
Expectativas:
O câncer de ovário é raramente diagnosticado
nos seus estágios iniciais. Ele geralmente está muito avançado quando o
diagnóstico é feito.
Cerca de três a cada quatro mulheres com
câncer de ovário sobrevivem um ano após o diagnóstico.
Cerca de 50% vivem mais que cinco anos após o
diagnóstico.
Se o diagnóstico for feito no início da
doença, e o tratamento acontecer antes que o câncer se espalhe para fora do
ovário, à taxa de sobrevivência de cinco anos é muito alta.
Complicações:
- Espalhamento do câncer para outros órgãos;
- Perda de função dos órgãos;
- Líquido no abdome (ascite);
- Obstrução intestinal.
Prevenção:
👉Não existe uma recomendação padrão para fazer
a triagem do câncer de ovário. Fazer a triagem de mulheres com ultrassom
pélvico ou exames de sangue, como o Ca-125, não é eficiente nem recomendado;
👉O teste BRCA pode ser feito em mulheres com
alto risco de câncer de ovário;
👉A remoção dos ovários e das trompas de
mulheres que apresentam mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 pode diminuir o risco
de desenvolver o câncer de ovário, embora ele possa se desenvolver em outras
áreas da pelve.
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