20 outubro 2015
19 outubro 2015
Por que a Infecção Urinária é mais comum nas Mulheres?
A
infecção urinária ataca 25% da população feminina, sem distinção de idade.
Entenda qual diferença na anatomia das mulheres favorece essa doença.
O
ataque de bactérias ao sistema urinário é capaz de provocar uma vontade de
fazer xixi a toda hora, um ardor e uma dorzinha que insistem em aparecer nas
idas ao banheiro. A infecção mais comum é chamada cistite e acomete a bexiga.
Se não for tratada direito pode atingir os rins e, daí, passa a ser conhecida
como pielonefrite. Febre, mal-estar e pontadas na lombar região acima do bumbum
denunciam que os micro-organismos alcançaram esses órgãos, o que afeta funções
como a de filtrar as impurezas.
Mulheres,
as maiores vítimas
A
culpa é da uretra, canal por onde passa a urina, que é bem mais curta nas
mulheres. Os homens são protegidos porque, como ela é até cinco vezes maior
neles, os micróbios não chegam à bexiga com facilidade. A gestação torna a
mulher ainda mais vulnerável por causa de alterações hormonais e baixa
imunidade. O uso de sonda, o estresse e a mania de segurar o xixi também
colaboram.
Uma
bactéria que vem do intestino
Escherichia
coli é a maior vilã entre os casos de cistite. Ela atua na digestão e costuma
fixar moradia no intestino. Mas quando vai parar no lugar errado, ou seja, no
aparelho urinário, lá vem encrenca. Por isso, a limpeza com papel higiênico
deve ser feita de frente para trás e não ao contrário.
Remédio
que livra do mal
Para
dar um fim às bactérias que causam todo esse prejuízo, a melhor saída é usar
antibióticos. O medicamento deve ser escolhido pelo médico após um exame
minucioso que aponta o tipo de microrganismo. E precisa ser tomado direitinho.
Errar a dose, abandonar o tratamento ou exagerar contribui para a resistência
bacteriana. Isso fortalece o exército dos micróbios e dificulta sua extinção.
Laranja
pode?
Limão,
abacaxi, kiwi e outras frutas ácidas são acusadas de piorar a infecção
urinária. Mas, não é preciso excluir esses alimentos do cardápio, até porque
eles favorecem o sistema imunológico. Basta não exagerar. Agora, o que
realmente prejudica pra valer é o tabagismo. Isso porque o cigarro dispara
reações inflamatórias em todo o organismo.
Você
sabia?
A
infecção urinária ataca 25% da população feminina. Desde a menina que não se
limpa direito até a senhora na menopausa, todas são candidatas.
15 outubro 2015
Em pleno século 21, eua convivem com a peste, que matou milhões na idade média
Peste
bubônica, a forma mais comum da doença, afeta os nódulos linfáticos e causa
gangrena.
Os
Estados Unidos levaram o homem à Lua há quase 50 anos, mas americanos ainda
morrem de uma doença que arrasou a Europa na Idade Média.
Por que
isso ocorre?
A chamada
peste negra causou cerca de 50 milhões de mortes na África, Ásia e Europa no
século 14. A epidemia dizimou metade da população europeia.
O último
surto em Londres foi a Grande Praga de 1665, que matou um quinto dos moradores
da cidade. Depois houve uma pandemia na China e na Índia no século 19, que
ceifou mais de 12 milhões de vidas.
A doença,
contudo, não ficou relegada ao porão da história. Ainda é endêmica (mantida sem
necessidade de contaminação do exterior) em Madagascar, na República Democrática
do Congo e no Peru. E o mais surpreendente é que ela ainda mata pessoas nos
EUA.
Até o
momento há registros de 15 casos no país em 2015, com quatro mortes - ante uma
média de sete casos por ano neste século, segundo o Centro para Controle e Prevenção
de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do governo americano.
A
bactéria responsável pela doença - Yersinia pestis - entrou nos EUA em 1900,
por meio de barcos a vapor infestados de ratos, de acordo com Daniel Epstein,
da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A
praga era bastante presente (nos EUA), com epidemias em cidades portuárias da
costa oeste. Mas o último surto urbano da praga foi em Los Angeles em 1925. Daí
se espalhou por meio de ratos do campo, e assim se entrincheirou em partes do
país", afirma Epstein.
Se não
for tratada, a doença - tipicamente transmitida a humanos por pulgas - tem um
índice de mortalidade de 30% a 60%. Antibióticos, contudo, são efetivos se há
diagnóstico precoce.
A praga
Mais de
80% dos casos nos EUA são de peste bubônica, a forma mais comum da doença, que
afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena. Há outros dois tipos, a séptica,
que causa infecção no sangue, e a pneumônica, que afeta os pulmões.
A doença
pode ser difícil de identificar em seus estágios iniciais, porque os sintomas,
que normalmente se desenvolvem após sete dias, parecem com o de uma gripe comum
- um teste de laboratório pode confirmar o diagnóstico.
A maioria
dos casos ocorre no verão, quando as pessoas passam mais tempo em áreas
externas. Essas áreas nos EUA são os Estados do Novo México, Arizona,
Califórnia e Colorado, segundo o CDC.
"O
conselho é se precaver contra mordidas de pulgas e não manusear carcaças de
animais em áreas endêmicas da praga", diz Epstein.
Todos os
casos de 2015 no país foram registrados nesses Estados, ou outros Estados a
oeste do meridiano 100, que divide o país no meio - Amesh Adalja, um
especialista em doenças infecciosas da Universidade de Pittsburgh, refere-se a
esse meridiano como a "linha da praga".
"O
cão-da-pradaria (mamífero roedor) é o principal meio de transmissão da praga, e
ele se concentra a oeste do meridiano 100", diz Adalja. A geografia e o
clima do oeste dos EUA favorecem a presença desses roedores, e como eles são
"animais sociais", acabam contribuindo na proliferação de pulgas
infectadas.
O
furão-do-pé-preto e o lince-do-Canadá são outras espécies suscetíveis, afirma
Danielle Buttke, epidemiologista do Serviço Nacional de Parques dos EUA.
A
existência desses "reservatórios animais" explica a dificuldade em
erradicar a praga, afirmam especialistas.
A única doença humana erradicada até o momento, a varíola, não existe em animais. O mesmo ocorre com a poliomielite, que a OMS trabalha para erradicar, mas ainda é endêmica em três países - Nigéria, Afeganistão e Paquistão (e também na Síria desde a atual guerra civil).
"A
não ser que exterminemos os roedores, (a praga) sempre vai estar por aí",
afirma Epstein.
Por outro
lado, cientistas no Centro Nacional de Saúde da Vida Selvagem dos EUA vêm
trabalhando com parques no desenvolvimento de vacinas orais para proteger
furões-do-pé-preto e cães-da-pradaria - esses últimos parecem preferir iscas
com sabor de manteiga de amendoim.
Uma
vacina injetável para os furões também foi criada. Isso abre a possibilidade de
eliminar a doença nesses animais, ao menos nos parques nacionais mais visitados
dos EUA.
A
pesquisa sobre a doença está em um estágio "vibrante", afirma Adalja,
com cientistas trabalhando em diagnósticos e vacinas humanas efetivas.
Isso
ocorre porque a praga foi classificada como uma "arma biológica categoria
A", segundo o pesquisador. Uma média de sete casos por ano é uma coisa,
mas o risco de uma guerra biológica, ainda que remoto, é algo bem diferente.
14 outubro 2015
Sangue oculto nas fezes.
O exame
de sangue oculto nas fezes, como o próprio nome diz, analisa a presença de
sangue nas fezes que não podem ser vistos a olho nu.
Um
resultado positivo para esse exame indica que o paciente está sofrendo algum
sangramento no intestino grosso, que pode ser consequência de uma inflamação,
trauma ou câncer colorretal.
O
paciente faz a coleta das fezes frescas em casa ou no hospital e leva a amostra
para ser analisada em laboratório.
A
pesquisa de sangue oculto nas fezes deve ser realizada por homens e mulheres a
partir dos 40 anos ou que possuem histórico familiar de câncer colorretal.
Ele
também pode ajudar a identificar pólipos no cólon e reto ou doenças
inflamatórias intestinais, como doença de Chron ou colite.
O
exame também pode ser usado no controle de doenças inflamatórias intestinais,
na possibilidade de alergia à proteína do leite de vaca ou outras causas de
inflamação no intestino grosso. Ele não é usado para diagnóstico de doenças que
acometem a parte alta do intestino ou estômago.
Preparo para o exame:
- Não usar medicamentos irritantes da mucosa gástrica (ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios, corticoides, etc). Se utilizar, informar ao laboratório no momento da entrega do material
- Evitar sangramento gengival (com escova de dentes, palito, etc). Se ocorrer, informar ao laboratório no momento da entrega do material.
- Dieta específica de três dias e no dia da coleta do material. A dieta deve ser com exclusão de:
- Carne (vermelha e branca);
- Vegetais (rabanete, nabo, couve-flor, brócolis e beterraba);
- Leguminosas (soja, feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e milho);
- Azeitona, amendoim, nozes, avelã e castanha.
No geral,
a dieta é solicitada por conta do método usado para identificação do sangue
oculto nas fezes.
Dependendo
do laboratório, o método usado não consegue fazer distinção entre sangue humano
e sangue de outros animais, sendo contraindicada a ingestão de carnes. Outras
restrições podem acontecer para não correr o risco desses alimentos presentes
nas fezes reagirem com os componentes químicos usados para análise da coleta.
Como é Realizado:
Em
frascos próprios para você fazer a coleta. A evacuação deve ser feita
diretamente no frasco ou então em vaso limpo e seco, para não correr o risco de
a amostra ser contaminada com outros micro-organismos. O ideal é que sejam
feitas coletas de todas as evacuações do dia, para que você tenha ali o
material que passou por todo o intestino.
O
frasco deve ser bem fechado e identificado (contendo nome do paciente, idade e
data da coleta), para então ser encaminhado ao laboratório - o ideal que a
entrega seja feita no mesmo dia da coleta. Se não há possibilidade de encaminhar
a amostra fresca ao laboratório, esta deve ser mantida a baixas temperaturas
(5º a 10º C) e encaminhada ao laboratório assim que possível, mantendo
refrigerado por no máximo 14 horas.
A análise das fezes pode ser feita com base nesses princípios:
Reação de Benzidina
Consiste
em espalhar uma pequena quantidade de fezes sobre um papel de filtro, gotejando
duas a três gotas de água oxigenada sobre o material. Em seguida, deve-se
adicionar igual volume de solução de benzidina, observando o desenvolvimento de
cor. Caso o resultado dê positivo, as fezes ganham uma coloração esverdeada ou
azul.
Reação de Meyer - Johannesen
Nesse
caso, as fezes são colocadas em uma lâmina de laboratório junto de um líquido,
e depois transferir 5 ml dessa mistura para um tubo de ensaio e adicionar 1 ml
de reativo de Meyer-Johannesen (uma mistura de fenolftaleína, hidróxido de
potássio anidro, agua destilada e zinco em pó). Depois são acrescentadas de
três a quatro gotas de água oxigenada. A positividade da reação é considerada
quando uma coloração vermelha é desenvolvida.
Reativo de Guáiaco
As
fezes são esfregadas em um papel de filtro, e são gotejadas de duas a três
gotas de ácido acético glacial e duas a três gotas de uma solução de álcool
etílico saturado com goma guáiaco em pó.
Depois é
adicionada igual quantidade de peróxido de hidrogênio a 3%. Tudo é misturado
com um bastão de vidro e a mudança de coloração é observada nos cinco minutos
seguintes. A positividade da reação é considerada quando uma coloração azulada
é desenvolvida. Uma coloração esverdeada é indicativa de reação negativa.
Imunocromatografia
O
teste de imunocromatografia utiliza a combinação de anticorpos monoclonais
conjugados e anticorpos policlonais anti-hemoglobina humana de fase sólida, com
elevada especificidade e sensibilidade.
Em
virtude da utilização de anticorpos específicos para a hemoglobina, não há
necessidade de realização de dietas, já que os anticorpos reconhecem somente a
molécula de hemoglobina (sangue).
Caso
haja sangue nas fezes, a hemoglobina se liga ao anticorpo monoclonal, surgindo
uma coloração rosa-clara. Na ausência da hemoglobina, não haverá o
desenvolvimento de coloração, indicando resultado negativo.
A
pesquisa de sangue oculto nas fezes deve ser realizada por homens e mulheres a
partir dos 40 anos ou que possuem histórico familiar de câncer colorretal. Caso
a pessoa opte pela colonoscopia, pode ser que o médico não ache necessário
fazer também o de sangue oculto.
Não
há uma periodicidade definida para a pesquisa de sangue oculto nas fezes se ela
for feita para o acompanhamento de uma doença inflamatória intestinal. Tudo
dependerá do paciente e recomendação médica.
Resultados anormais
Se
o exame der positivo você tem sangue oculto nas fezes. Isso quer dizer que você
está com um sangramento em algum local do intestino, e deve fazer uma
colonoscopia para descobrir qual o local e o motivo desse sangramento.
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