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29 fevereiro 2020

Colite


A colite ocorre quando há inflamação do intestino grosso (cólon). A doença pode ser tanto aguda quanto crônica, dependendo de sua gravidade.

Tipos

Existem diversos tipos de colite.

➥Colite ulcerativa

A colite ulcerativa é uma inflamação do intestino caracterizada pela presença de várias úlceras na parede intestinal que causam muito desconforto. As úlceras podem aparecer ao longo do intestino, em partes isoladas ou na parte final.  
A causa da colite ulcerativa ainda não é bem esclarecida, mas é possível que aconteça devido a fatores genéticos, muitas vezes relacionados ao sistema imune, e a infecções por vírus ou bactérias.

➥Colite isquêmica

A colite isquêmica é mais comum do lado esquerdo do cólon. Sintomas comuns são diarreia, dor abdominal e sangramento intestinal.

➥Colite por CMV (causado por infecção viral)

A colite por citomegalovírus é uma forma da doença causada por infecção viral na região do cólon. Este tipo de colite também pode ser contraído via relação sexual desprotegida, além de transfusões de sangue, saliva, urina e gotículas respiratórias.

➥Doença de Crohn (enterite regional)

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal, que afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado e o intestino grosso (cólon). Este é um tipo crônico da doença e é provocado por uma desregulação do sistema imunológico.

➥Enterocolite

A Enterocolite é um tipo de colite que pode ser provocado tanto por infecção bacteriana ou viral quanto por medicamentos e intoxicação alimentar.

➥Colite pseudomembranosa

A colite pseudomembranosa é uma inflamação do cólon que acontece quando, em determinadas circunstâncias, uma bactéria chamada Clostridium difficile lesiona o intestino grosso por meio de sua toxina, levando à diarreia e ao surgimento de placas esbranquiçadas no interior do cólon.

Causas

👉Múltiplas razões podem levar uma pessoa a desenvolver um quadro de colite.

👉Infecções agudas e crônicas, incluindo intoxicação alimentar;

👉Distúrbios inflamatórios (principalmente nos casos de colite ulcerativa, Doença de Crohn, colite linfocítica e colagenosa);

👉Síndrome do intestino irritável;

👉Ausência de fluxo sanguíneo (no caso da colite isquêmica);

👉Radiação passada para o intestino grosso.

Sintomas

Os sintomas de colite também costumam variar de acordo com o tipo da doença. No geral, porém, eles podem apresentar sinais e sintomas em comum, como:
  • Dilatação abdominal;
  • Dor abdominal constante ou recorrente;
  • Fezes com sangue;
  • Calafrios;
  • Necessidade constante de evacuar;
  • Diarreia;
  • Desidratação;
  • Febre;
  • Aumento na flatulência.

Diagnóstico

➨Exame Físico;
➨Toque retal;
➨Exames Laboratoriais:
  • Exames de sangue,
  • Urina;
  • Fezes.

➨Exames de imagem:
  • Colonoscopia
  • Tomografia computadorizada;
  • Enema de bário.

Enema de bário

→Introdução de um meio de contraste radiopaco chamado "barite". Injetado no cólon através de uma cânula inserida pelo o ânus, este líquido opacificante permite que o radiologista visualize o cólon.

Tratamento

O tratamento de colite depende muito da causa subjacente, tem como objetivo estabilizar os sinais vitais do paciente e ajudar a controlar a dor.
  • Reidratação por via oral ou intravenosa;
  • Medicamentosos;
  • Cirúrgicos nos casos mais graves.

Complicações possíveis

Se não for tratada, colite pode evoluir para complicações mais graves.
  • Sangramento;
  • Perfuração no cólon;
  • Megacólon tóxico;
  • Lesão (ulceração).


Prevenção

A prevenção também depende da causa específica da colite. Em geral, uma boa alimentação e a prática de hábitos saudáveis ajudam a prevenir doenças gastrointestinais.




15 fevereiro 2020

Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda – SARA

A síndrome de insuficiência respiratória aguda (também chamada síndrome de dificuldade respiratória do adulto) é um tipo de insuficiência pulmonar provocada por diversas perturbações que causam a acumulação de líquido nos pulmões (edema pulmonar).

Esta síndrome é uma urgência médica que pode verificar-se em pessoas que anteriormente tinham pulmões normais. Apesar de, às vezes, se chamar síndrome de dificuldade respiratória do adulto, esta afecção também pode manifestar-se nas crianças.

Existe dois tipos principais de insuficiência respiratória:

👉Insuficiência respiratória aguda: surge repentinamente devido a obstrução das vias respiratórias, acidentes de trânsito, abuso de drogas ou AVC.

👉Insuficiência respiratória crônica: surge ao longo do tempo devido a outras doenças crônicas, como DPOC, impedindo a realização de atividades diárias, como subir escadas, sem sentir falta de ar.

Causas
➦Afecções Neurológicas
➦Afecções Pulmonares
➦Afecções cardiovasculares;
➦Afecções metabólicas;
➦Afecções traumáticas.

Sinais e sintomas
Varia de acordo com a etiologia.
  • Taquicardia;
  • Bradicardia;
  • Hipotensão;
  • Hipertensão;
  • Dispneia;
  • Tiragens intercostais e subdiafragmáticas;
  • Tiragens de fúrcula;
  • Batimento de asa de nariz;
  • Aspiração;
  • Infecção pulmonar, difusa (bacteriana, viral, pneumocystis e outros);
  • Afogamento;
  • Inalação tóxica;
  • Contusão pulmonar;
  • Embolia gordurosa;
  • Toxicidade pelo oxigênio;
  • Irritação;
  • Sonolência;
  • Fadiga
  • Sudorese;
  • Má perfusão periférica e pulso paradoxal indicam maior gravidade.

Diagnostico
⟹Exames laboratoriais;
⟹RX do tórax;
⟹Tomografia;
⟹Ecocardiografia;
⟹Cateterização da Artéria pulmonar (CAP);
⟹Broncoscopia com lavado bronco-alveolar (LBA);
⟹Biopsia pulmonar.

Tratamento
  • Medicamentosos;
  • Oxigenoterapia;
  • Ventilação mecânica.

➨Ventilação mecânica está indicada quando o tratamento com oxigenoterapia não responde.
➨Independente da etiologia, quase todos os pacientes que apresentam SARA necessitam de suporte ventilatório. A ventilação mecânica tem como finalidade propiciar aos pulmões o tempo necessário para se recuperarem da injúria aguda.



10 fevereiro 2020

Edema pulmonar

O edema pulmonar é uma condição caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido no interior dos pulmões. Ele ocorre com mais frequência quando o coração encontra dificuldade para bombear o sangue, aumentando a pressão do sangue no interior dos pequenos vasos sanguíneos dos pulmões. Para aliviar essa pressão crescente, os vasos liberam líquido para dentro dos pulmões. Esse líquido interrompe o fluxo normal de oxigênio, resultando em falta de ar e dificuldade respiratória,

Causas

São inúmeras porém as principais causas do edema pulmonar são as doenças cardiovasculares, como:

➡Hipertensão arterial;
➡Infarto;
➡Doenças coronárias ou valvulares e insuficiência cardíaca congestiva;

Todas elas podem provocar a saída de líquido dos capilares que resulta no edema.

Contudo, existem diversas doenças e condições que podem ser fatores de risco para o edema agudo de pulmão.

➫Alta altitude;
➫Pneumonia;
➫Síndrome de angústia respiratória do adulto;
➫Afogamento;
➫Insuficiência renal:
➫Estreitamento das artérias que levam sangue para os rins;
➫Ferimento grave.
➫Diabetes;
➫Obesidade;
➫Inalação de produtos tóxicos;
➫Traumas no tórax;
➫Alcoolismo;
➫Infecções causadas por vírus;
➫Efeito secundário a medicamentos;
➫Aumento súbito do volume sanguíneo, entre outras.

Apesar de poder ocorrer em qualquer idade, o edema pulmonar costuma afetar principalmente idosos, já que essas doenças estão mais presentes em pessoas nessa faixa etária.

Sinais e sintomas

O principal sintoma do edema pulmonar obviamente é a dificuldade de respiração, causando incapacidade do paciente de permanecer deitado, mas também pode incluir:

➮Tosse com sangue (classicamente rosa e espumosa);
➮Sudorese;
➮Muita ansiedade;
➮Tonteira;
➮Palidez;
➮Inchaço nas pernas;
➮Cianose;
➮Pressão arterial elevada.

Diagnóstico
↪Anamnese,
↪Exame físico;
↪Raios X de tórax

Tratamento

Depende da gravidade do caso e pode incluir:

Diuréticos: medicamentos utilizados para remover o excesso de líquido do corpo;

Vasodilatadores: medicamentos que ajudam a aliviar a pressão no coração e controlar a pressão arterial sistêmica, melhorando a performance cardíaca;

Administração de oxigênio por meio de máscara facial, cânula nasal — tubo de plástico flexível com duas aberturas que fornecem oxigênio para cada narina — ou ventilação mecânica.
Aspiração: o líquido é aspirado dos pulmões utilizando um tubo inserido pela garganta.

Prevenção

O edema pulmonar nem sempre é evitável, mas como seu risco está relacionado, na maioria das vezes, a problemas cardíacos, algumas medidas podem ser tomadas no dia a dia para evitar esses problemas. As recomendações já são bem conhecidas:
Evitar fumar,
Manter o peso sob controle,
Praticar atividades físicas,
Medir a pressão arterial,
Controlar o nível de colesterol e triglicérides no sangue,
Limitar o uso de sal
Evitar, na medida do possível, situações de estresse.

Tratamento

O tratamento depende da causa.

⇢O tratamento tem três objetivos⇠

➥Em primeiro lugar, melhorar a função respiratória, que é o mais urgente;

➥Em segundo lugar, tratar a causa subjacente, que no caso de pneumococos pode ser feito com antibióticos.

➥Em terceiro lugar, evitar maiores danos ao pulmão.

Caso não tratado nas primeiras horas o edema pulmonar, especialmente no quadro agudo, pode levar à insuficiência respiratória e cardíaca, frequentemente fatal. Quando o problema é insuficiência cardíaca, medicamentos inotrópicos positivos são usados para melhorar a contratilidade do coração, como os digitálicos. Em casos graves também pode ser necessário ventilação mecânica.

O tratamento depende da causa, mas baseia-se na maximização da função respiratória com máscaras de oxigênio, geralmente usando entubamento e ventilação mecânica e no controlo da situação patológica que o originou. Diuréticos também podem ajudar a diminuir o problema a médio prazo, especialmente quando há inchaço das pernas.


01 fevereiro 2020

Trauma Facial

Trauma facial trata-se de qualquer ferimento físico localizado na face, podendo afetar, consecutivamente, sua pele, gordura, músculos, nervos e ossos e, nos casos mais graves, se associar a dano cerebral. O trauma facial pode acarretar em perda de sensibilidade na pele, cicatrizes anti-estéticas, retrações, lesões na visão, dificuldade na respiração, paralisia facial e perdas dentárias.


O trauma é um problema mundial de saúde pública. As lesões por trauma intencional ou acidental afetam crianças, adolescentes, adultos jovens e idosos são as principais causas de morte entre pacientes de 1 a 44 anos e a quarta maior causa considerando-se todas as faixas etárias. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as lesões em cabeça e face podem representar metade das mortes traumáticas.

Considerações anatômicas

O tipo de fratura do esqueleto facial e sua extensão são determinados por fatores anatômicos de forma, tamanho, densidade das estruturas ósseas e suas relações com cavidades ósseas, estruturas musculares e tecido mole que o reveste. Isso vai influenciar no maior ou menor deslocamento dos segmentos fraturados ou proteção da estrutura óssea.

➡A cabeça é constituída pelos ossos do crânio e ossos da face. 

➡O crânio ou neurocrânio, como é chamado, delimita a cavidade craniana, local onde se encontra o encéfalo e as meninges, estruturas do Sistema Nervoso Central (SNC). É constituído pelos ossos:

Frontal, Parietais, Temporais, Esfenoide, Etmoide e Occipital.
O arcabouço facial, viscerocrânio, constitui-se pelos ossos:

Mandíbula, Vômer, Conchas nasais inferiores, Lacrimais, Nasais, Zigomáticos (ou malares), Palatinos, Maxilas e osso hioide.



Ossos da face

Mandíbula - é um osso ímpar e móvel, articula-se com os temporais através dos côndilos, formando a articulação têmporo-mandibular (ATM). A mandíbula consta de um corpo, em forma de ferradura, que apresenta os alvéolos da arcada dentária inferior, e dois ramos, continuação do corpo numa angulação conhecida como ângulo da mandíbula. O ramo da mandíbula apresenta um côndilo, que se articula com a fossa mandibular do temporal, e um processo coronóide; entre o côndilo e o processo coronóide há uma incisura mandibular.

Vômer - é um pequeno osso situado na face inferior do crânio, onde se articula com o osso esfenoide; possui uma lâmina que, juntamente com a lâmina perpendicular do osso etmoide, concorre para a formação do septo nasal ósseo.
Conchas nasais inferiores - são ossos independentes, laminares, situados na cavidade nasal, podem ser observadas através da abertura piriforme do nariz.

Lacrimais - estão situados na parte anterior da parede medial da órbita, e delimitam a fossa do saco lacrimal, que se continua no canal naso-lacrimal, que se abre no meato inferior da cavidade nasal.

Nasais - os ossos nasais, direito e esquerdo, articulam-se entre si no plano mediano, formam o esqueleto ósseo de parte do dorso do nariz.

Zigomáticos (ou malares) - os ossos zigomáticos, direito e esquerdo, são duas massas ósseas salientes que formam as proeminências da face; através do seu processo temporal do osso zigomático, que se articula com o processo zigomático do osso temporal, forma o arco zigomático; limitam a órbita juntamente com a maxila.

Palatinos - direito e esquerdo, são dois pequenos ossos em forma de L, com uma lâmina horizontal e outra, lâmina vertical, localizados atrás das maxilas e anteriormente aos processos pterigóides do osso esfenoide, participam da delimitação das cavidades bucal, nasal e orbitária.

Maxilas - direita e esquerda, ocupam quase toda a face, formando o maxilar. Cada maxila apresenta um corpo, um processo frontal, que se articula com o osso frontal, um processo palatino que, juntamente com a lâmina horizontal do osso palatino, forma o palato duro; processo alveolar, em cujos alvéolos estão implantados os dentes, e um processo zigomático.

Osso hioide - é um osso pequeno, em forma de ferradura, ímpar, e não pertence nem ao crânio nem à face, estando situado na região do pescoço, abaixo da mandíbula e acima da cartilagem tireoide da laringe.


Classificação
  • Fratura nasal;
  • Fratura alvéolo dentária;
  • Fratura de mandíbula;
  • Terço médio da face.
➠Fratura naso-orbitoetmoidal - A fratura ocorre quando há o envolvimento da estrutura nasal, da maxila e órbita. São fraturas complexas e necessitam de cirurgia sob anestesia geral para redução e fixação das fraturas. Geralmente, ocorre em trauma de alto impacto e muitas vezes há fraturas e lesões concomitantes em outras partes do corpo.

➠Fratura do zigoma.

Os danos do tecido mole incluem:
  • Abrasão dentária;
  • Lacerações;
  • Extirpação, contusão e outros.
➠Em fraturas faciais, os ossos mais acometidos são geralmente os ossos nasais, enquanto que o arco zigomático se encontra em segundo lugar e o osso frontal o mais resistente de todos os outros.

Causas

A causa mais frequente de fraturas e ferimentos faciais graves ainda São:

→Acidente automobilístico;
→Ferimentos por arma de fogo;
→Ferimento por arma branca;
→Agressões Físicas, 
→Acidentes domésticos (quedas em escadas, jardins, colégio, praça, etc.),
→Acidentes no trabalho e trauma esportivo.

Recém-nascidos podem sofrer fraturas nasais em seus partos por conta da força na expulsão ou por conta do uso de fórceps.

Os segmentos da população mais afetados são os adolescentes e os adultos jovens.

Sinais e sintomas

As fraturas dos ossos faciais, como em outras fraturas, podem estar relacionadas a dor e inchaço dos tecidos circundantes (tais sintomas podem ocorrer na ausência de fraturas também).

➪Fraturas nasais, na base do crânio ou na maxila podem estar associadas a hemorragias profusas.

➪Deformidades na face, como um osso malar (zigomático) afundado ou dentes que não estão alinhados corretamente, sugerem a presença de fraturas.

➪Assimetrias podem sugerir a fraturas faciais ou danos a determinados nervos do rosto. Sujeitos com fraturas mandibulares possuem, frequentemente, dores e dificuldades em abrir e fechar a boca, e podem ter dormência no lábio e no queixo.

➪Comumente, a pessoa que está com trauma facial sente dor na região frontal, hipoestesia na região do supratroclear, epistaxe e rinoliquorragia, isto é, laceração da dura.

Diagnóstico

O diagnóstico de fraturas faciais é basicamente clínico, com uma avaliação da história do trauma do paciente, através do mesmo ou por familiares e amigos.
  • Através de palpação e inspeção procurando sinais de trauma;
  • Assimetria facial;
  • Afundamento da face;
  • Hemorragia subconjuntival;
  • Observar deslocamentos e movimentações ósseas e edemas.
  • Exames por Imagens:
  • RX;
  • Tomografia computadorizada;
  • Ressonância magnética.
Prevenção
  • Uso o cinto de segurança;
  • Uso de "airbag";
  • Fazer o uso do capacete;
  • O uso de equipamentos de proteção adequados na pratica esportiva;
  • Obedecer às normas de segurança no trabalho.



24 janeiro 2020

Embolia pulmonar

Embolia pulmonar, também conhecida como tromboembolismo pulmonar (TEP), é o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre quando um trombo venoso (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões.

Essas obstruções são mais comumente causadas por coágulos sanguíneos, também chamados de trombos, originários do sistema venoso profundo ou das veias pélvicas, renais, dos membros superiores ou do coração direito.

Causas

➠Uma embolia pulmonar é mais frequentemente causada pela presença um coágulo de sangue em uma artéria, que bloqueia a passagem de sangue. Esse coágulo é geralmente proveniente de veias perna (principalmente da região da coxa) ou da pélvis (área dos quadris). 

➠Esse tipo de coágulo é chamado também de trombose venosa profunda (TVP). O TVP se solta e se desloca para os pulmões.

➠Causas menos comum incluem bolhas de ar, gotículas de gordura, líquido amniótico, parasitas ou células cancerosas.

Fatores de risco

Existem diversos fatores de risco que podem contribuir para o surgimento da embolia pulmonar.

➜Imobilidade no leito;
➜Repouso prolongado;
➜Anestesia;
➜Insuficiência cardíaca;
➜Trombose venosa prévia;
➜Gravidez;
➜Imobilização de membros por gessos e ataduras;
➜Politraumatismos;
➜Fraturas ósseas;
➜Inflamação;
➜Cirurgias de grande porte;
➜Queimaduras;
➜Enfarte do miocárdio;
➜ICC;
➜Idade acima de 40 anos;
➜AVE;
➜Parto e puerpério.

Sinais e sintomas

A embolia pulmonar desencadeia uma série de sintomas, os quais variam de uma pessoa para outra. Os sinais e sintomas desse problema de saúde dependerão de fatores como o tamanho do trombo, onde ele está alojado e o quadro clínico do paciente. 

Muitas vezes, os sintomas observados no paciente são inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico mais rápido e preciso.
  • Taquicardia - Aumento da frequência cardíaca;
  • Taquipneia - Aumento do ritmo respiratório;
  • Hipotensão - Pressão baixa.
  • Cianose - Coloração azulada da pele e mucosas;
  • Dispneia - Dificuldade para respirar;
  • Hemoptise - Expectoração de sangue vindo dos pulmões;
  • Sincope - Perda temporária de consciência;
  • Dor torácica;
  • Tosse;
  • Febre;
  • Ansiedade;
  • Pele fria e úmida;
  • Dor na perna, vermelhidão e inchaço;
  • Sudorese.
Diagnóstico
  • Raios-X;
  • USG;
  • Tomografia;
  • Ressonância magnética.
  • Angiografia pulmonar.
Tratamento

O pronto-atendimento de embolia pulmonar é essencial para se evitar complicações.

→O tratamento pode ser feito via medicamentosa, como anticoagulantes e trombolíticos, usados para dissolver coágulos sanguíneos.

→Para pacientes que apresentam algum tipo de contraindicação ao uso de anticoagulantes, ou cujo tratamento com anticoagulantes não apresenta efeitos, pode ser necessária a colocação de um filtro de veia cava.
→O procedimento nada mais é do que um dispositivo de metal que facilita a circulação sanguínea no local onde o coágulo está localizado.

→Nos casos mais graves o tratamento é cirúrgico.

Complicações

Hipertensão pulmonar - Ocorre quando a pressão arterial nos pulmões e no lado direito do coração é mais elevada do que o normal.

Isso ocorre porque, por conta da presença das obstruções nas artérias pulmonares, o coração é obrigado a trabalhar mais para empurrar sangue por dentro dos vasos.

Como consequência, há o aumento da pressão arterial dentro desses vasos e do coração. Isso pode levar a um desgaste desses órgãos e aumentar o risco para outras doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto e AVC.

Trombose crônica - Durante os processos de dissolução dos coágulos sanguíneos, é possível que o corpo fique com sequelas no interior das veias, com o funcionamento das válvulas comprometido.
Por conta dessas alterações valvulares, o retorno de sangue fica prejudicado e pode levar ao aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele e até feridas.

Morte - Caso a doença não seja diagnosticada a tempo ou não seja tratada corretamente, o quadro sintomático do paciente pode piorar drasticamente.
A dificuldade em respirar pode dificultar a oxigenação de diversos órgãos, incluindo o coração, o que pode levar a uma parada cardíaca fatal.


Trombose

A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. 
O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.

A trombose ocorre, geralmente, após cirurgia, corte ou falta de movimento por muito tempo, sendo mais frequente após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. Apesar de ser um problema que geralmente afeta mais mulheres, homens também podem ter trombose. Em números, quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior nas mulheres pela maior exposição a fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações.

IMPORTANTE: A trombose, se não tratada corretamente, pode evoluir para algumas complicações, como a embolia, e provocar, inclusive a morte. Por isso, assim que surgirem os primeiros sintomas, procure imediatamente um médico.

Tipos

A trombose pode ser classificada de duas formas:
  • Aguda;
  • Crônica.

A trombose aguda, na maioria das vezes, é solucionada naturalmente. O próprio corpo utiliza de mecanismos para dissolver os coágulos que provocam o entupimento das veias, sem deixar sequelas e sem evoluir para quadros mais graves.

Já a trombose crônica ocorre quando, durante o processo de dissolução do coágulo natural, ficam sequelas no interior das veias, destruindo a estrutura das válvulas. Por conta dessas alterações nas válvulas, o retorno do sangue fica prejudicado e leva ao aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele, além de feridas e outras complicações.

Formas da trombose

A trombose também pode se manifestar de diferentes formas:

➨Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose, é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias localizadas da parte inferior do corpo, geralmente nas pernas. É a forma mais comum da trombose.

➨Trombose arterial. Além da Trombose Venosa Profunda, existem também trombos que se formam nas artérias, bloqueando-as totalmente. Quando existe uma obstrução total das artérias do cérebro, por exemplo, ocorre o que é conhecido como Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nesses casos, a região a que o sangue não chega sofre um infarto cerebral e morre.

➨Trombose hemorroidaria. Quando uma hemorroida tem a formação aguda de trombos, chamamos isso de uma trombose hemorroidaria. Esse quadro implica no desenvolvimento de um nódulo com edema e de coloração arroxeada na margem anal. É frequentemente acompanhado de dor severa.

IMPORTANTE: Existe diferença entre trombose e tromboflebite. A tromboflebite consiste na inflamação deste coágulo formado quando há uma trombose e tem sintomas como calor na região, vermelhidão e varizes ou veias dilatadas.

Causas

A trombose possui várias causas e fatores de risco. A maior parte delas são evitáveis, então procure sempre um médico e faça exames regularmente, além de manter um estilo de vida saudável.

As principais causas da trombose são:
  • Uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal;
  • Tabagismo;
  • Ficar sentado ou deitado muito tempo;
  • Hereditariedade;
  • Gravidez;
  • Presença de varizes;
  • Idade avançada;
  • Pacientes com insuficiência cardíaca;
  • Tumores malignos;
  • Obesidade;
  • Distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos;
  • História prévia de trombose venosa.


IMPORTANTE: Grávidas e pessoas com imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas) também são estão mais suscetíveis à trombose.

Sintomas

A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando presentes, os principais sintomas são nessa forma da doença são:
  • Dor;
  • Calor;
  • Vermelhidão;
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são os principais grupos de risco. A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço.

Às vezes coágulos podem se soltar, viajando pelo sangue até ‘encalhar’ no pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar. Essa condição, que provoca uma súbita falta de ar, pode ser bastante grave e exige atendimento imediato.

Sinais claros podem indicar o desenvolvimento de coágulos sanguíneos (trombose):

➪Uma dor diferente da dor da cirurgia;
➪Vermelhidão ao longo da perna (que aparece de repente ou inchaço que está piorando);
➪Inchaço na perna (que apareceu de repente ou inchaço que está piorando);
➪Aumento da temperatura (calor) da perna que está doendo
➪Respiração curta e rápida e palpitações, podendo acontecer algum desmaio;
➪Tosse com sangue;
➪Dor no peito ou nas costas (que não é comum).

Diagnóstico

Exame clínico, com base nos sintomas que cada paciente apresentar. Para confirmar, podem ser solicitados alguns exames, como:
  • Ultrassonografia.
  • Exame de sangue.
  • Venografia.
  • Eco Color Doppler (Ultrassom Vascular).
  • Tomografia e ressonância magnética.

Tratamento

Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da trombose deve começar imediatamente.

O tratamento tem três objetivos:

👉Impedir o crescimento do coágulo sanguíneo;

👉Impedir que o coágulo sanguíneo avance para outras regiões do corpo e, assim, evitar possíveis complicações;

👉Reduzir as chances de recorrência da trombose.

Durante o tratamento, existem medicamentos e outras formas de complementar o tratamento, conforme indicação médica de acordo com cada caso. Entre as opções estão:

➠Diluidores do sangue, como anticoagulantes, que diminuem as chances de haver coagulação do sangue;

➠Uso de medicamentos para casos mais graves de tromboses e também de embolia pulmonar, conhecidos como heparina;

➠Inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões;

➠Meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose.

Complicações

A trombose, dependendo do caso e se não for tratada correta e imediatamente, pode evoluir para algumas complicações. Dependendo do segmento de veia acometido, a trombose pode ser mais ou menos grave. Quando o coágulo obstrui uma pequena veia da perna, causa um transtorno localizado naquela região. Quanto mais
Próximo do coração, ou maior a veia, maior será a gravidade da trombose, assim como a possibilidade de matar.

As principais complicações da trombose são:

⇒Insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-trombótica;

⇒Inchaço crônico da perna afetada e/ou dor acompanhado de varizes;

⇒Mudanças na pele, que pode se tornar mais escura e seca;

⇒Eczema, coceira muito forte que pode levar a uma ferida de difícil cicatrização;

⇒Embolia pulmonar (EP). Essa última apresenta alto índice de mortalidade;

⇒Embolia pulmonar e trombose.

A maior e principal complicação decorrente de trombose é a embolia pulmonar – quando um vaso sanguíneo do pulmão é obstruído por coágulo de sangue, oriundo de outras partes do corpo, especialmente das pernas. A embolia pulmonar pode ser fatal.

IMPORTANTE: Aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da trombose venosa profunda podem morrer de embolia pulmonar. Os dois quadros podem ocorrer em 2 a cada mil indivíduos por ano.

Prevenção

Pequenos cuidados podem prevenir a trombose tanto pós-cirurgia como no cotidiano. Por isso, é fundamental manter-se em movimento, se possível, fazer atividades físicas rotineiramente. Além de ingerir bastante líquido.

As principais formas de prevenir a trombose são:

Praticar exercícios físicos regularmente;
Evitar o consumo de álcool e tabagismo;
Manter uma dieta equilibrada são as principais maneiras de prevenir a trombose.

Caso você tenha que fazer algum tratamento ou tomar algum medicamento, como prevenção de trombose, não fique com dúvidas e pergunte sempre.

Algumas atitudes também ajudam a diminuir o risco de se desenvolver uma trombose:
  • Evitar o aumento do peso corporal;
  • Usar meias elásticas no caso de insuficiência venosa, sempre com orientação médica;
  • Movimentar-se ao máximo no dia, respeitando as limitações orientadas pela equipe de saúde;
  • Realizar exercícios recomendados pela equipe de saúde;
  • Parar de fumar;
  • Ingerir líquidos.


Fonte: