15 janeiro 2020

Apendicite

Apendicite é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão linfático parecido com o dedo de uma luva, localizado no ceco, a primeira porção do intestino grosso.

Na maioria dos casos, o problema ocorre por obstrução da luz dessa pequena saliência do ceco pela retenção de materiais diversos com restos fecais.


Na maioria dos casos, a apendicite é provocada pela obstrução do apêndice com restos de fezes, corpo estranho ou, em casos raros, vermes.  resultando em inflamação ou ruptura.

A apendicite é a causa mais frequente de dor abdominal grave e súbita e de cirurgia abdominal do Mundo. Mais de 5% da população desenvolve apendicite em algum momento. A apendicite ocorre mais comumente durante a adolescência e na faixa dos 20 anos, mas pode ocorrer com qualquer idade.

Sintomas

Dor do lado inferior direito do abdome. É uma dor pontual, contínua e localizada, fraca no início, mas que vai aumentando de intensidade;
·       Náuseas,
·       Vômitos;

·       Flatulência;

·       Indigestão;
·       Diarreia;
·       Constipação;
·       Febre, que, geralmente, começa após 1 ou 2 dias;
·       Perda de apetite;
Mal-estar geral, que pode ser confundido com um problema alimentar.

Menos de 50% das pessoas com apendicite têm os sintomas tradicionalmente descritos em que a dor começa no abdômen superior ou ao redor do umbigo e depois surgem náuseas e vômitos e então, depois de algumas horas, a náusea passa e a dor muda para a parte inferior direita do abdômen. Há sensibilidade quando se pressiona essa área e, quando a pressão é removida, a dor pode aumentar agudamente (dor à descompressão). 
  • Febre de 37,7°C a 38,3°C é comum. 
  • Mover-se e tossir aumentam a dor.
Em muitas pessoas, principalmente em bebês e crianças, a dor pode ser generalizada, em vez de localizada na região inferior direita do abdômen. Em pessoas idosas e gestantes, a dor costuma ser menos grave e a área é menos sensível.

Diagnóstico
  • Exame Clínico;
  • Exames por imagem;
  • Exames Laboratoriais.
Exame de sangue costuma mostrar um aumento moderado no número de leucócitos decorrente da infecção, mas não existe um exame de sangue definitivo para a apendicite.

Exame de urina também pode mostrar alteração, devido ao contato do apêndice inflamado com o ureter e a bexiga.


Tratamento

Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento é exclusivamente cirúrgico, com a remoção do apêndice.
A cirurgia deve ser realizada o mais rapidamente possível para evitar complicações.
Este procedimento pode ser feito através de uma incisão no abdómen (laparotomia) ou de várias pequenas incisões com a ajuda de câmaras (laparoscopia).

A cirurgia diminui o risco de complicações ou morte associados à rutura do apêndice.

Retardar a cirurgia até a causa da dor abdominal ser identificada pode ser fatal, um apêndice infectado pode apresentar ruptura em menos de 36 horas após iniciarem os sintomas.

Complicações

Caso a apendicite aguda não seja identificada rapidamente ou o tratamento não for feito da maneira correta, podem haver algumas complicações, tais como: 

  • Abcesso, que é o excesso de pus acumulado em torno do apêndice;​
  • Peritonite, que é a inflamação da cavidade do abdômen;
  • Hemorragia;
  • Obstrução intestinal;
  • Fístula em que ocorre uma ligação anormal entre um órgão abdominal e a superfície da pele;
  • Sepse, que é uma infecção grave de todo o organismo.
Estas complicações normalmente ocorrem quando o apêndice não é retirado a tempo e se rompe.

Prevenção

Não há maneira de prevenir apendicite. No entanto, a apendicite é menos comum em pessoas que comem alimentos ricos em fibras, como frutas e vegetais frescos.



Fontes:
Dr. Dráuzio Varella
Hospital Infantil Sabará
Hospital Israelita Albert Einstein







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