10 junho 2013

As doenças mais comuns durante a gravidez

Conheça sintomas e saiba como tratar os problemas mais freqüentes que podem surgir nos nove meses de gestação.



As doenças mais freqüentes durante a gravidez – respondendo por 80% dos casos – são as infecciosas, principalmente aquelas que atingem o trato urinário. Elas podem causar complicações graves como um aumento no risco de aborto, antecipação do trabalho de parto e até septicemia.

No entanto, as que mais preocupam os obstetras são as síndromes metabólicas, como a pré-eclâmpsia e a diabetes gestacional, que são mais fatais tanto para as mães quanto para os bebês.

“A gestação predispõe a alguns desses problemas. Por mais simples que pareçam, sempre é preciso tratar.

“Uma boa nutrição, atividade física e consulta pré-natal regular minimizam, e muito, o risco da mulher apresentar qualquer um desses problemas.

Conheça as principais condições que podem afetar a gravidez:

Pré-eclâmpsia

Entre os problemas mais graves de uma gestação, sem dúvida a doença hipertensiva específica da gravidez (como é hoje chamada a pré-eclâmpsia) é a que mais preocupa os médicos. No Brasil, por dia, três mulheres são vítimas da doença. Em geral, ela acomete as futuras mamães no terceiro trimestre e é mais comum na primeira gravidez.

“O problema acontece devido a uma alteração vascular da placenta, que eleva a pressão arterial”. A doença pode causar o envelhecimento da placenta, o parto prematuro ou evoluir para eclampsia ou ainda para a Hellp Síndrome.

Os sintomas são inchaço, dor de cabeça e de estômago, espuma na urina (pelo aumento de proteínas na urina), convulsões, dores abdominais e vista embaralhada.

Se confirmado o diagnóstico, as consultas com o médico devem ser mais freqüentes, assim como os exames clínicos. A mulher deverá adotar uma dieta com pouco sal e controlar a pressão. Em alguns casos, ela pode ser internada para tratamento.

Diabetes gestacional

É a segunda doença mais freqüente da gestação e costuma aparecer ao redor da 26ª ou 27ª semana. “A placenta tem hormônios diabetogênicos, com potencial para desenvolver o diabetes. Aquela mulher cujo pâncreas produz insulina de forma normal passa tranquilamente pela gestação. Mas aquela com alguma deficiência na produção de insulina podem desenvolver a doença.

O diabetes gestacional é mais freqüente em mulheres com histórico familiar da doença na família ou naquelas que engordam muito nesse período. O ideal, é ganhar no máximo 12 kg. No entanto, a diabetes pode não estar ligado somente ao ganho de peso.

O diagnóstico deve ser feito por meio da medição das taxas de açúcar no sangue. A sede e o aumento na vontade de urinar, sintomas clássicos da doença, são freqüentes na gestação e, por isso, podem passar despercebidos.

Infecções urinárias

As infecções mais freqüentes do trato urinário durante a gravidez são a cistite e a candidíase. Os sintomas mais freqüentes são desejo freqüente de urinar, sensação de ardência na vagina, dor no baixo-ventre, corrimento e coceira.

A progesterona (hormônio predominante na gravidez) provoca uma dilatação das vias urinárias que impede a bexiga de esvaziar completamente, favorecendo a cistite. Além disso, devido à queda na imunidade da gestante, a cândida, que habitualmente vive no intestino e faz parte da flora vaginal normal, prolifera e passa para a vagina provocando a candidíase.

A infecção representa um risco maior no primeiro e no último trimestre da gravidez, podendo causar um parto prematuro. O tratamento é basicamente medicamentoso e vai depender da indicação médica.

Anemia

Essa é uma condição bem comum às gestantes e, em geral, transitória. “Na gravidez, há um aumento de 20% no volume de sangue sem haver um acréscimo de glóbulos vermelhos. É como colocar mais água em suco em pó, ele vai ficar menos denso. Por isso, é importante uma dieta.

Para evitar o problema as grávidas devem apostar em agrião, espinafre, lentilha, feijão branco, frutas secas, fígado, escarola e abacate. Em alguns casos, o médico pode prescrever vitaminas a fim de minimizar os efeitos da falta de ferro, que pode levar a um crescimento menor do bebê.

Distúrbios da Tireóide

As alterações hormonais típicas da gravidez podem descompensar o funcionamento da tireóide, causando o hipertireoidismo ou o hipotireoidismo, esse último mais comum nesse período.

“O funcionamento deficiente dessa glândula é muito simples de ser tratado, por meio de medicamento, e não deve afetar a saúde da mãe ou do bebê.

Recomenda se um exame completo dessa glândula logo no início da gestação, a fim de verificar se o problema é decorrente da gravidez ou anterior a ela.





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