Conheça
sintomas e saiba como tratar os problemas mais freqüentes que podem surgir nos
nove meses de gestação.
As
doenças mais freqüentes durante a gravidez – respondendo por 80% dos casos –
são as infecciosas, principalmente aquelas que atingem o trato urinário. Elas
podem causar complicações graves como um aumento no risco de aborto,
antecipação do trabalho de parto e até septicemia.
No
entanto, as que mais preocupam os obstetras são as síndromes metabólicas, como
a pré-eclâmpsia e a diabetes gestacional, que são mais fatais tanto para as
mães quanto para os bebês.
“A
gestação predispõe a alguns desses problemas. Por mais simples que pareçam,
sempre é preciso tratar.
“Uma boa
nutrição, atividade física e consulta pré-natal regular minimizam, e muito, o
risco da mulher apresentar qualquer um desses problemas.
Conheça
as principais condições que podem afetar a gravidez:
Pré-eclâmpsia
Entre os
problemas mais graves de uma gestação, sem dúvida a doença hipertensiva
específica da gravidez (como é hoje chamada a pré-eclâmpsia) é a que mais
preocupa os médicos. No Brasil, por dia, três mulheres são vítimas da doença.
Em geral, ela acomete as futuras mamães no terceiro trimestre e é mais comum na
primeira gravidez.
“O
problema acontece devido a uma alteração vascular da placenta, que eleva a
pressão arterial”. A doença pode causar o envelhecimento da placenta, o parto
prematuro ou evoluir para eclampsia ou ainda para a Hellp Síndrome.
Os
sintomas são inchaço, dor de cabeça e de estômago, espuma na urina (pelo
aumento de proteínas na urina), convulsões, dores abdominais e vista
embaralhada.
Se
confirmado o diagnóstico, as consultas com o médico devem ser mais freqüentes,
assim como os exames clínicos. A mulher deverá adotar uma dieta com pouco sal e
controlar a pressão. Em alguns casos, ela pode ser internada para tratamento.
Diabetes
gestacional
É a
segunda doença mais freqüente da gestação e costuma aparecer ao redor da 26ª ou
27ª semana. “A placenta tem hormônios diabetogênicos, com potencial para
desenvolver o diabetes. Aquela mulher cujo pâncreas produz insulina de forma
normal passa tranquilamente pela gestação. Mas aquela com alguma deficiência na
produção de insulina podem desenvolver a doença.
O
diabetes gestacional é mais freqüente em mulheres com histórico familiar da
doença na família ou naquelas que engordam muito nesse período. O ideal, é
ganhar no máximo 12 kg. No entanto, a diabetes pode não estar ligado somente ao
ganho de peso.
O
diagnóstico deve ser feito por meio da medição das taxas de açúcar no sangue. A
sede e o aumento na vontade de urinar, sintomas clássicos da doença, são
freqüentes na gestação e, por isso, podem passar despercebidos.
Infecções
urinárias
As
infecções mais freqüentes do trato urinário durante a gravidez são a cistite e
a candidíase. Os sintomas mais freqüentes são desejo freqüente de urinar,
sensação de ardência na vagina, dor no baixo-ventre, corrimento e coceira.
A
progesterona (hormônio predominante na gravidez) provoca uma dilatação das vias
urinárias que impede a bexiga de esvaziar completamente, favorecendo a cistite.
Além disso, devido à queda na imunidade da gestante, a cândida, que
habitualmente vive no intestino e faz parte da flora vaginal normal, prolifera
e passa para a vagina provocando a candidíase.
A
infecção representa um risco maior no primeiro e no último trimestre da
gravidez, podendo causar um parto prematuro. O tratamento é basicamente
medicamentoso e vai depender da indicação médica.
Anemia
Essa é
uma condição bem comum às gestantes e, em geral, transitória. “Na gravidez, há
um aumento de 20% no volume de sangue sem haver um acréscimo de glóbulos
vermelhos. É como colocar mais água em suco em pó, ele vai ficar menos denso.
Por isso, é importante uma dieta.
Para
evitar o problema as grávidas devem apostar em agrião, espinafre, lentilha,
feijão branco, frutas secas, fígado, escarola e abacate. Em alguns casos, o
médico pode prescrever vitaminas a fim de minimizar os efeitos da falta de
ferro, que pode levar a um crescimento menor do bebê.
Distúrbios
da Tireóide
As
alterações hormonais típicas da gravidez podem descompensar o funcionamento da
tireóide, causando o hipertireoidismo ou o hipotireoidismo, esse último mais
comum nesse período.
“O
funcionamento deficiente dessa glândula é muito simples de ser tratado, por
meio de medicamento, e não deve afetar a saúde da mãe ou do bebê.
Recomenda
se um exame completo dessa glândula logo no início da gestação, a fim de
verificar se o problema é decorrente da gravidez ou anterior a ela.
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