19 outubro 2015

Por que a Infecção Urinária é mais comum nas Mulheres?

A infecção urinária ataca 25% da população feminina, sem distinção de idade. Entenda qual diferença na anatomia das mulheres favorece essa doença.




O ataque de bactérias ao sistema urinário é capaz de provocar uma vontade de fazer xixi a toda hora, um ardor e uma dorzinha que insistem em aparecer nas idas ao banheiro. A infecção mais comum é chamada cistite e acomete a bexiga. Se não for tratada direito pode atingir os rins e, daí, passa a ser conhecida como pielonefrite. Febre, mal-estar e pontadas na lombar região acima do bumbum denunciam que os micro-organismos alcançaram esses órgãos, o que afeta funções como a de filtrar as impurezas.

Mulheres, as maiores vítimas

A culpa é da uretra, canal por onde passa a urina, que é bem mais curta nas mulheres. Os homens são protegidos porque, como ela é até cinco vezes maior neles, os micróbios não chegam à bexiga com facilidade. A gestação torna a mulher ainda mais vulnerável por causa de alterações hormonais e baixa imunidade. O uso de sonda, o estresse e a mania de segurar o xixi também colaboram.

Uma bactéria que vem do intestino

Escherichia coli é a maior vilã entre os casos de cistite. Ela atua na digestão e costuma fixar moradia no intestino. Mas quando vai parar no lugar errado, ou seja, no aparelho urinário, lá vem encrenca. Por isso, a limpeza com papel higiênico deve ser feita de frente para trás e não ao contrário.

Remédio que livra do mal

Para dar um fim às bactérias que causam todo esse prejuízo, a melhor saída é usar antibióticos. O medicamento deve ser escolhido pelo médico após um exame minucioso que aponta o tipo de microrganismo. E precisa ser tomado direitinho. Errar a dose, abandonar o tratamento ou exagerar contribui para a resistência bacteriana. Isso fortalece o exército dos micróbios e dificulta sua extinção.

Laranja pode?

Limão, abacaxi, kiwi e outras frutas ácidas são acusadas de piorar a infecção urinária. Mas, não é preciso excluir esses alimentos do cardápio, até porque eles favorecem o sistema imunológico. Basta não exagerar. Agora, o que realmente prejudica pra valer é o tabagismo. Isso porque o cigarro dispara reações inflamatórias em todo o organismo.

Você sabia?

A infecção urinária ataca 25% da população feminina. Desde a menina que não se limpa direito até a senhora na menopausa, todas são candidatas.



15 outubro 2015

Epilepsia como ajudar uma pessoa com convulsão

Em pleno século 21, eua convivem com a peste, que matou milhões na idade média

Peste bubônica, a forma mais comum da doença, afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena


Peste bubônica, a forma mais comum da doença, afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena.

Os Estados Unidos levaram o homem à Lua há quase 50 anos, mas americanos ainda morrem de uma doença que arrasou a Europa na Idade Média.

Por que isso ocorre?

A chamada peste negra causou cerca de 50 milhões de mortes na África, Ásia e Europa no século 14. A epidemia dizimou metade da população europeia.

O último surto em Londres foi a Grande Praga de 1665, que matou um quinto dos moradores da cidade. Depois houve uma pandemia na China e na Índia no século 19, que ceifou mais de 12 milhões de vidas.

A doença, contudo, não ficou relegada ao porão da história. Ainda é endêmica (mantida sem necessidade de contaminação do exterior) em Madagascar, na República Democrática do Congo e no Peru. E o mais surpreendente é que ela ainda mata pessoas nos EUA.

Até o momento há registros de 15 casos no país em 2015, com quatro mortes - ante uma média de sete casos por ano neste século, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do governo americano.

A bactéria responsável pela doença - Yersinia pestis - entrou nos EUA em 1900, por meio de barcos a vapor infestados de ratos, de acordo com Daniel Epstein, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A praga era bastante presente (nos EUA), com epidemias em cidades portuárias da costa oeste. Mas o último surto urbano da praga foi em Los Angeles em 1925. Daí se espalhou por meio de ratos do campo, e assim se entrincheirou em partes do país", afirma Epstein.
Se não for tratada, a doença - tipicamente transmitida a humanos por pulgas - tem um índice de mortalidade de 30% a 60%. Antibióticos, contudo, são efetivos se há diagnóstico precoce.
A praga
Mais de 80% dos casos nos EUA são de peste bubônica, a forma mais comum da doença, que afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena. Há outros dois tipos, a séptica, que causa infecção no sangue, e a pneumônica, que afeta os pulmões.

A doença pode ser difícil de identificar em seus estágios iniciais, porque os sintomas, que normalmente se desenvolvem após sete dias, parecem com o de uma gripe comum - um teste de laboratório pode confirmar o diagnóstico.

A maioria dos casos ocorre no verão, quando as pessoas passam mais tempo em áreas externas. Essas áreas nos EUA são os Estados do Novo México, Arizona, Califórnia e Colorado, segundo o CDC.

"O conselho é se precaver contra mordidas de pulgas e não manusear carcaças de animais em áreas endêmicas da praga", diz Epstein.

Todos os casos de 2015 no país foram registrados nesses Estados, ou outros Estados a oeste do meridiano 100, que divide o país no meio - Amesh Adalja, um especialista em doenças infecciosas da Universidade de Pittsburgh, refere-se a esse meridiano como a "linha da praga".

"O cão-da-pradaria (mamífero roedor) é o principal meio de transmissão da praga, e ele se concentra a oeste do meridiano 100", diz Adalja. A geografia e o clima do oeste dos EUA favorecem a presença desses roedores, e como eles são "animais sociais", acabam contribuindo na proliferação de pulgas infectadas.

O furão-do-pé-preto e o lince-do-Canadá são outras espécies suscetíveis, afirma Danielle Buttke, epidemiologista do Serviço Nacional de Parques dos EUA.

A existência desses "reservatórios animais" explica a dificuldade em erradicar a praga, afirmam especialistas.

A única doença humana erradicada até o momento, a varíola, não existe em animais. O mesmo ocorre com a poliomielite, que a OMS trabalha para erradicar, mas ainda é endêmica em três países - Nigéria, Afeganistão e Paquistão (e também na Síria desde a atual guerra civil).

"A não ser que exterminemos os roedores, (a praga) sempre vai estar por aí", afirma Epstein.

Por outro lado, cientistas no Centro Nacional de Saúde da Vida Selvagem dos EUA vêm trabalhando com parques no desenvolvimento de vacinas orais para proteger furões-do-pé-preto e cães-da-pradaria - esses últimos parecem preferir iscas com sabor de manteiga de amendoim.

Uma vacina injetável para os furões também foi criada. Isso abre a possibilidade de eliminar a doença nesses animais, ao menos nos parques nacionais mais visitados dos EUA.

A pesquisa sobre a doença está em um estágio "vibrante", afirma Adalja, com cientistas trabalhando em diagnósticos e vacinas humanas efetivas.

Isso ocorre porque a praga foi classificada como uma "arma biológica categoria A", segundo o pesquisador. Uma média de sete casos por ano é uma coisa, mas o risco de uma guerra biológica, ainda que remoto, é algo bem diferente.



14 outubro 2015

Sangue oculto nas fezes.

 

O exame de sangue oculto nas fezes, como o próprio nome diz, analisa a presença de sangue nas fezes que não podem ser vistos a olho nu.

Um resultado positivo para esse exame indica que o paciente está sofrendo algum sangramento no intestino grosso, que pode ser consequência de uma inflamação, trauma ou câncer colorretal.

O paciente faz a coleta das fezes frescas em casa ou no hospital e leva a amostra para ser analisada em laboratório.

A pesquisa de sangue oculto nas fezes deve ser realizada por homens e mulheres a partir dos 40 anos ou que possuem histórico familiar de câncer colorretal.

Ele também pode ajudar a identificar pólipos no cólon e reto ou doenças inflamatórias intestinais, como doença de Chron ou colite.

O exame também pode ser usado no controle de doenças inflamatórias intestinais, na possibilidade de alergia à proteína do leite de vaca ou outras causas de inflamação no intestino grosso. Ele não é usado para diagnóstico de doenças que acometem a parte alta do intestino ou estômago.

Preparo para o exame:
  • Não usar medicamentos irritantes da mucosa gástrica (ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios, corticoides, etc). Se utilizar, informar ao laboratório no momento da entrega do material
  • Evitar sangramento gengival (com escova de dentes, palito, etc). Se ocorrer, informar ao laboratório no momento da entrega do material.
  • Dieta específica de três dias e no dia da coleta do material. A dieta deve ser com exclusão de:
  • Carne (vermelha e branca);
  • Vegetais (rabanete, nabo, couve-flor, brócolis e beterraba);
  • Leguminosas (soja, feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e milho);
  • Azeitona, amendoim, nozes, avelã e castanha.
No geral, a dieta é solicitada por conta do método usado para identificação do sangue oculto nas fezes.

Dependendo do laboratório, o método usado não consegue fazer distinção entre sangue humano e sangue de outros animais, sendo contraindicada a ingestão de carnes. Outras restrições podem acontecer para não correr o risco desses alimentos presentes nas fezes reagirem com os componentes químicos usados para análise da coleta.

Como é Realizado:

Em frascos próprios para você fazer a coleta. A evacuação deve ser feita diretamente no frasco ou então em vaso limpo e seco, para não correr o risco de a amostra ser contaminada com outros micro-organismos. O ideal é que sejam feitas coletas de todas as evacuações do dia, para que você tenha ali o material que passou por todo o intestino.

O frasco deve ser bem fechado e identificado (contendo nome do paciente, idade e data da coleta), para então ser encaminhado ao laboratório - o ideal que a entrega seja feita no mesmo dia da coleta. Se não há possibilidade de encaminhar a amostra fresca ao laboratório, esta deve ser mantida a baixas temperaturas (5º a 10º C) e encaminhada ao laboratório assim que possível, mantendo refrigerado por no máximo 14 horas.

A análise das fezes pode ser feita com base nesses princípios:

Reação de Benzidina

Consiste em espalhar uma pequena quantidade de fezes sobre um papel de filtro, gotejando duas a três gotas de água oxigenada sobre o material. Em seguida, deve-se adicionar igual volume de solução de benzidina, observando o desenvolvimento de cor. Caso o resultado dê positivo, as fezes ganham uma coloração esverdeada ou azul.

Reação de Meyer - Johannesen

Nesse caso, as fezes são colocadas em uma lâmina de laboratório junto de um líquido, e depois transferir 5 ml dessa mistura para um tubo de ensaio e adicionar 1 ml de reativo de Meyer-Johannesen (uma mistura de fenolftaleína, hidróxido de potássio anidro, agua destilada e zinco em pó). Depois são acrescentadas de três a quatro gotas de água oxigenada. A positividade da reação é considerada quando uma coloração vermelha é desenvolvida.

Reativo de Guáiaco

As fezes são esfregadas em um papel de filtro, e são gotejadas de duas a três gotas de ácido acético glacial e duas a três gotas de uma solução de álcool etílico saturado com goma guáiaco em pó.

Depois é adicionada igual quantidade de peróxido de hidrogênio a 3%. Tudo é misturado com um bastão de vidro e a mudança de coloração é observada nos cinco minutos seguintes. A positividade da reação é considerada quando uma coloração azulada é desenvolvida. Uma coloração esverdeada é indicativa de reação negativa.

Imunocromatografia

O teste de imunocromatografia utiliza a combinação de anticorpos monoclonais conjugados e anticorpos policlonais anti-hemoglobina humana de fase sólida, com elevada especificidade e sensibilidade.

Em virtude da utilização de anticorpos específicos para a hemoglobina, não há necessidade de realização de dietas, já que os anticorpos reconhecem somente a molécula de hemoglobina (sangue).

Caso haja sangue nas fezes, a hemoglobina se liga ao anticorpo monoclonal, surgindo uma coloração rosa-clara. Na ausência da hemoglobina, não haverá o desenvolvimento de coloração, indicando resultado negativo.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes deve ser realizada por homens e mulheres a partir dos 40 anos ou que possuem histórico familiar de câncer colorretal. Caso a pessoa opte pela colonoscopia, pode ser que o médico não ache necessário fazer também o de sangue oculto.

Não há uma periodicidade definida para a pesquisa de sangue oculto nas fezes se ela for feita para o acompanhamento de uma doença inflamatória intestinal. Tudo dependerá do paciente e recomendação médica.

Resultados anormais

Se o exame der positivo você tem sangue oculto nas fezes. Isso quer dizer que você está com um sangramento em algum local do intestino, e deve fazer uma colonoscopia para descobrir qual o local e o motivo desse sangramento.