Eles
ficam menos suscetíveis a quedas e fraturas na velhice, diz estudo.
Crianças
são propensas a ter músculos fortes se suas mães tiveram um nível mais elevado
de vitamina D em seu corpo durante a gravidez. É o que afirma um estudo da
Universidade de Southampton (Reino Unido), publicado em janeiro no Journal of
Clinical Endocrinology and Metabolism.
Os
autores acompanharam quase 700 mães inglesas e seus filhos. Eles compararam os
níveis de vitamina D no corpo dessas mulheres quando grávidas e avaliaram o
quão bem seus filhos poderiam espremer um sensor de pressão aos quatro anos de
idade.
Os
resultados mostraram que crianças cujas mães tomaram vitamina D durante a
gravidez tiveram apertos mais fortes e maior massa muscular quando chegaram a
idade avaliada. Quanto mais vitamina D a mulher absorvera durante a gravidez,
mais forte era o aperto de seu filho.
Segundo
os cientistas, a vitamina D tem um efeito sobre a forma como as fibras
musculares crescem no útero, ajudando os bebês a trabalhar melhor a musculatura
após o nascimento. Eles afirmam que jovens com músculos fortes são menos
suscetíveis a quedas e fraturas debilitantes na velhice.
Embora a
vitamina D seja encontrada em peixes oleosos e outros alimentos, é sobretudo
criada pelo organismo quando a nossa pele é exposta à luz solar.
Nutrientes
que devem marcar presença no prato da gestante durante a gravidez, a mulher
deve adotar e mudar uma série de hábitos, principalmente alimentares. Afinal, o
crescimento e o desenvolvimento do feto dependem exclusivamente da nutrição
materna. Um estudo feito nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha verificou que
mais da metade das gestantes analisadas, tanto adolescentes quanto adultas, não
consomem as quantidades adequadas de nutrientes necessários para a plena formação
do feto. Há uma necessidade ainda maior de consumir diversas vitaminas e
minerais durante a gestação, e as deficiências nutricionais podem provocar
desde um peso abaixo do ideal no recém-nascido até uma má formação fetal.
"Algumas grávidas, inclusive, requerem atenção especial e suplementação
extra alimentar", conta. Confira abaixo o cardápio que não pode faltar na
dieta da gestante e por que esses nutrientes são tão importantes:
Vitamina C
A
gestante deve consumir cerca de 85mg por dia desse nutriente, pois, ele
participa da formação do colágeno e auxilia na formação dos ossos, juntamente
com outros minerais e vitaminas. "Essa recomendação é fácil de ser
atingida, visto que os alimentos ricos em vitamina C são facilmente encontrados
no Brasil", diz. A gestante deve ingerir frutas como acerola, goiaba,
laranja, abacaxi, kiwi e caju.
Ácido
Fólico
A
recomendação de consumo desse nutriente para as gestantes é de 600ug por dia,
porém este valor não é atingido somente com a alimentação. Uma dieta com
2.200kcal é capaz de atingir somente 250ug de ácido fólico, aproximadamente.
"Uma das grandes funções dessa vitamina é construir o tubo neural do
bebê".
Como a
formação dessa estrutura se completa até o 28º dia da gestação, o ideal é que a
gestante comece a tomar uma suplementação de ácido fólico um mês antes da
gestação. Além da suplementação, é importante comer alimentos ricos em ácido
fólico, que são folhas verdes escuras, feijões, frutas cítricas, fígado e leite.
Fósforo,
potássio e magnésio
A
ingestão adequada desses nutrientes está associada, juntamente com o cálcio, à
prevenção de hipertensão gestacional ou pré-eclampsia. Para conseguir as
quantidades adequadas, a gestante deve ter uma dieta diária com três a quatro
porções de frutas variadas (fontes de potássio); três porções de cereais
integrais - principalmente pães e arroz - (fontes de magnésio); e três porções
de laticínios magros (fontes de cálcio e fósforo).
Cálcio
Muito
importante para a formação óssea do bebê, além de auxiliar no ajuste da pressão
arterial da gestante, prevenindo a hipertensão gestacional ou pré-eclampsia. Os
alimentos ricos em cálcio são: leite e derivados - como iogurtes e queijos - e
vegetais folhosos verdes escuros, esses últimos, porém, com menor
aproveitamento do nutriente. "Existem opções de extratos de soja com sabor
e enriquecidos com cálcio para as pessoas com intolerância à lactose ou alergia
a proteínas do leite". A recomendação é de 1000mg/dia.
Vitamina D
"Essa
vitamina equilibra o cálcio durante a gravidez, passa pela placenta e se
apresenta no sangue fetal na mesma concentração do que na circulação
materna". A vitamina D pode ser adquirida com auxílio dos raios solares -
lembrando que os melhores horários para tomar sol são antes das 10h e após às
16h -, além da ingestão de alimentos como ovos, carnes e leites. A recomendação
é de mais 10ug/dia.
Vitamina
B6
A
ingestão de vitamina B6 - 1,9mg/dia - é importante para a gestante no sentido
de auxiliar a formação de novos tecidos e a fabricação da niacina, outra
vitamina do complexo B, essencial para o corpo funcionar melhor e com mais
energia. "Existem trabalhos apontando que a deficiência dessa vitamina
pode contribuir com quadros de depressão durante a gravidez". A vitamina
B6 pode ser encontrada em carnes, peixes, aves e fígado.
Vitamina A
A
vitamina A tem funções específicas na resposta imunológica e é essencial para a
visão. Recomenda-se a ingestão de 770ug por dia, o que não é muito diferente da
recomendação para mulheres não grávidas (700ug/dia), já que existem pesquisas
apontando que essa vitamina pode ser tóxica ou causar danos ao feto quando
ingerida em grandes quantidades nos primeiros meses de gestação.
Existem
duas principais fontes alimentares dessa vitamina. A primeira é indireta e de
origem vegetal, incluindo alimentos alaranjados, como cenoura, mamão, manga,
abóbora e qualquer outro que contenha betacaroteno (precursor da vitamina A). A
segunda fonte é de origem animal e está na sua forma ativa, podendo ser
encontrada nos ovos e nas carnes, principalmente no fígado.
Ferro
A partir
do 2º trimestre de gestação, a futura mãe adquire mais massa celular,
principalmente de glóbulos vermelhos, e o feto começa a criar a sua reserva de
ferro. Por conta disso, é de extrema importância que a gestante absorva
quantidade suficiente para suprir ambas as demandas.
O valor
diário recomendado é de cerca de 27mg, alcançado apenas com suplementação.
"Uma alimentação normal chega a atingir de 6 a 7mg/dia por 1000kcal. Para
atingir as quantidade adequadas de ferro sem suplementação, seria necessário
consumir 5000kcal por dia, o que é inviável", Porém, mesmo que
a gestante tome suplementos férreos, é importante ter uma alimentação rica
nesse nutriente.
Entre as
fontes de ferro heme - melhor absorvido pelo organismo -, estão carnes e
vísceras. Já as fontes de ferro não heme - com menor aproveitamento - são os
feijões, legumes, vegetais de folha escura e ovos. "A vitamina C auxilia
na absorção do ferro não heme e, por isso, é importante que os dois nutrientes
estejam juntos na mesma refeição".
Zinco
O zinco é
extremamente importante para auxiliar o crescimento celular, tanto da gestante
como do feto". A recomendação é de 11mg/dia e esses valores também só são
atingidos com suplementação. É indicado, inclusive, que a suplementação de
zinco seja feita junto com a de ferro. Os alimentos ricos em zinco são ostras,
frutos do mar, peixes, fígado, peru e carnes.
Proteínas
A
ingestão adequada de proteínas tem relação direta com a velocidade de formação
dos tecidos da gestante e do bebê. O valor recomendado para grávidas é de 71g
por dia, sendo que metade desse valor deve provir de carnes, aves e ovos e a
outra metade, de alimentos de origem vegetal, como os feijões e derivados.
Carboidratos
A
necessidade de carboidratos aumenta porque o metabolismo da gestante está mais
acelerado e, por conta disso, precisa de mais energia. A indicação é de 175g de
carboidratos por dia. Arroz, batata, massas em geral, mandioca, pães, bolachas,
aveia e granola são excelentes fontes desse elemento.
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